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Publicada em 12 de Dezembro de 2023 às 20:31

Corrida presidencial embola em Taiwan a um mês do pleito

Ko Wen-je, do Partido do Povo, caiu da 2ª posição para o 3º lugar

Ko Wen-je, do Partido do Povo, caiu da 2ª posição para o 3º lugar

I-Hwa CHENG/AFP/JC
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Folhapress
A cerca de um mês da votação, no próximo dia 13 de janeiro, a campanha presidencial em Taiwan tem agora dois candidatos tecnicamente empatados na dianteira. A eleição ocorre em único turno, com a posse prevista para 20 de maio.
A cerca de um mês da votação, no próximo dia 13 de janeiro, a campanha presidencial em Taiwan tem agora dois candidatos tecnicamente empatados na dianteira. A eleição ocorre em único turno, com a posse prevista para 20 de maio.
Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (12) pelo instituto Formosa, um dos mais confiáveis para intenção de voto na ilha, o vice-presidente Lai Ching-te lidera com 2,6 pontos de diferença sobre o prefeito de Nova Taipé, Hou Yu-ih. A margem de erro é de 2,8 pontos, para mais ou para menos.
Lai, do Partido Democrático Progressista, identificado popularmente pela cor verde, tem 35,1%. Hou, do Kuomintang ou Partido Nacionalista da China, azul, tem 32,5%. O terceiro candidato, Ko Wen-je, do Partido do Povo de Taiwan, branco, que chegou a aparecer na segunda posição, caiu para 17%.
O quadro mudou a partir do fracasso da união dos oposicionistas Hou e Ko, há três semanas, e da desistência do independente Terry Gou, fundador da empresa de tecnologia Foxconn. "Embora a ascensão de Hou nas pesquisas o tenha tornado um candidato mais viável e criado uma distância entre ele e Ko, ele ainda está atrás de Lai", afirma Yan Zhensheng, professor de política comparada da Universidade Nacional de Taiwan.
"Ele só tem um mês, ainda é difícil", diz, apontando a divisão da oposição como principal fator. Yan acrescenta que "Hou não é um político com apelo populista, uma característica importante na política eleitoral do século 21".
Hou tem privilegiado temas locais e abordado menos as relações com a China, divergência central entre os candidatos. Diz que reativaria os contatos, inclusive comerciais, e reafirma seu apoio ao chamado Consenso de 1992 entre Pequim e Taipé, sobre a existência de "uma China", o que é rejeitado pelo atual governo.
Já Lai vem buscando se distanciar da afirmação que fez em 2017, de ser um "trabalhador pragmático pela independência". Diz que "independência hoje se refere ao consenso em Taiwan de que não faz parte da República Popular da China, já é um país independente chamado República da China", nome oficial da ilha.
 

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