Os dois principais líderes do mundo se encontram ontem para uma reunião sobre a qual a Casa Branca insistiu para não serem criadas expectativas. Um ano depois de sua última conversa, com direito a uma "crise dos balões" no período, Joe Biden e Xi Jinping apertaram as mãos no início da tarde na Califórnia, com mais de uma hora de atraso em relação ao previsto, por volta das 16h15min (horário de Brasília). O norte-americano recebeu o líder chinês logo após ele descer do carro, em uma imagem transmitida ao vivo por canais dos EUA.
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Em pauta, os dois discutiram temas que foram da crise climática a inteligência artificial, passando por drogas, eleições em Taiwan, a Guerra na Ucrânia e o Oriente Médio. O encontro acontece fora de San Francisco, em Woodside, a cerca de 40 quilômetros, em uma propriedade de luxo cuja localização foi mantida em sigilo até o último minuto por autoridades norte-americanas por uma questão de segurança. Times dos dois países passaram as últimas semanas acertando a coreografia da reunião -há uma forte preocupação para que Xi não seja visto como submisso ao seu anfitrião em seu país.
A principal ambição da Casa Branca é convencer a China a retomar os canais de comunicação com Washington, sobretudo os militares. Para Biden, a maior preocupação é frear a deterioração da relação entre os países, para evitar uma escalada que possa resultar em um conflito.
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Desde que a então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, visitou Taiwan, em um gesto interpretado como uma provocação por Pequim, as conversas foram interrompidas. Não houve nem sequer uma conversa por telefone entre os líderes desde a última bilateral, em Bali, em novembro de 2022.
Do lado chinês, a expectativa é obter avanços no campo econômico. Diante das dificuldades enfrentadas por Xi em casa, para a qual as restrições a exportações e investimentos implementadas por Biden não colaboram, a meta é que algum tipo de flexibilização possa ser alcançado.
Folhapress