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Publicada em 13 de Novembro de 2023 às 20:27

Israel cerca maior hospital de Gaza e diz que terroristas estão no local

Governo israelense tem pedido aos médicos que transfiram os pacientes para outro local

Governo israelense tem pedido aos médicos que transfiram os pacientes para outro local

/MAHMUD HAMS/AFP/JC
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Folhapress
Militares de Israel cercaram nesta segunda-feira (13) o hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza e localizado em uma área considerada estratégica aos esforços de Tel Aviv para controlar o Norte do território palestino. A ação motivou novas críticas às ações israelenses na guerra contra o Hamas.
Militares de Israel cercaram nesta segunda-feira (13) o hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza e localizado em uma área considerada estratégica aos esforços de Tel Aviv para controlar o Norte do território palestino. A ação motivou novas críticas às ações israelenses na guerra contra o Hamas.
Israel afirma que integrantes do grupo terrorista se abrigam em uma espécie de quartel-general construído em túneis abaixo do hospital na Cidade de Gaza, a maior da faixa homônima. Também acusa os combatentes do Hamas de usar os pacientes como escudos - a facção extremista nega.
Após o cerco, médicos disseram que pacientes, incluindo bebês recém-nascidos, estavam morrendo por falta de medicamentos. Os profissionais afirmam ainda que a unidade não tem mais combustível necessário para manter a energia elétrica e equipamentos hospitalares em funcionamento.
Israel tem pedido aos médicos que transfiram os pacientes para outro local. Não há, entretanto, muitas opções. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, todos os hospitais do Norte do território estão fora de serviço.
Líderes das Forças Armadas dizem ainda que tentaram retirar os bebês e que deixaram 300 litros de combustível na entrada da unidade para alimentar geradores, mas que as tentativas de ajuda foram bloqueadas pelo Hamas.
Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, rebateu as acusações. Ele disse que são os ataques israelenses que "aterrorizam tanto médicos quanto civis". À Reuters ele acrescentou que os 300 litros de combustível abasteceriam o Shifa por apenas meia hora e que o hospital precisa de 8 mil a 10 mil litros por dia - segundo ele, a substância deveria ser entregue por uma agência de ajuda internacional.
O hospital foi atingido por disparos e bombardeios nos últimos dias que, segundo o Hamas, destruíram ambulatórios e os departamentos de cardiologia e de cirurgia. O Ministério da Saúde de Gaza disse que, dos 45 bebês nas incubadoras no hospital, seis haviam morrido até o domingo. O Shifa "não está mais funcionando como um hospital", afirmou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
 

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