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Argentina

- Publicada em 17 de Outubro de 2023 às 17:49

Reta final da eleição na Argentina tem cenário aberto entre os três principais candidatos

Após bom desempenho no último debate, Patricia ameaça Milei e Massa

Após bom desempenho no último debate, Patricia ameaça Milei e Massa


AGUSTIN MARCARIAN/AFP/JC
Os argentinos vão às urnas neste domingo (22), em um cenário ainda considerado incerto, com trocas de acusações entre as campanhas na Justiça, e novos dados econômicos que dão péssimos sinais ao governo. O desempenho de Patricia Bullrich no último debate presidencial também joga um novo elemento na disputa, com a campanha oposicionista almejando uma vaga no segundo turno.
Os argentinos vão às urnas neste domingo (22), em um cenário ainda considerado incerto, com trocas de acusações entre as campanhas na Justiça, e novos dados econômicos que dão péssimos sinais ao governo. O desempenho de Patricia Bullrich no último debate presidencial também joga um novo elemento na disputa, com a campanha oposicionista almejando uma vaga no segundo turno.
A maioria das pesquisas de intenção de votos até agora aponta para um segundo turno entre o libertário Javier Milei e o peronista Sergio Massa - o ideal dos mundos para ambos. Mas analistas alertam que o cenário continua em aberto, já que as eleições primárias de agosto terminaram tecnicamente empatadas entre os três principais candidatos. Além disso, as pesquisas falharam em prever o fenômeno Milei que se viu em agosto.
As eleições de agora chegam em um cenário mais sombrio do que o que se via nas primárias. Na última quinta-feira (12), o instituto de estatística da Argentina divulgou os novos dados de inflação, que bateu 138,3% na taxa interanual. Só em setembro, a taxa foi 12,7%, a mais alta desde fevereiro de 1991, e sendo o segundo mês seguido de inflação de dois dígitos.
Para acirrar ainda mais os ânimos, o valor do dólar disparou e pela primeira vez ultrapassou a barreira dos 1.000 pesos argentinos. O resultado é uma nova remarcação de preços, mais contenção de transações em dólares e novas restrições de importações, o que agrava a escassez de produtos importados.
Além disso, a pobreza continua em uma crescente, com 42% dos argentinos dentro desta estatística. Número que se vê refletido com cada vez mais pessoas morando nas ruas, estações rodoviárias e na entrada do aeroporto.
A piora da situação econômica, somada a novos escândalos dentro dos partidos políticos, se reflete nas conversas de bar e de rua dos argentinos, que comentam as últimas falas de Milei e reagem ao kirchnerista do iate de luxo. Assistindo a um noticiário enquanto almoçava em um pequeno restaurante de Tigre, reduto de Massa na província de Buenos Aires, uma senhora reage: "que vergonha". A notícia era de aumento de prisões por venda de dólares falsos em meio à disparada da moeda.