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Israel

- Publicada em 10 de Outubro de 2023 às 16:45

Israel diz que partirá para 'ofensiva terrestre' com ataques 'mais severos'

Contra-ataque deve causar centenas de mortes de civis palestinos

Contra-ataque deve causar centenas de mortes de civis palestinos


Bashar TALEB/AFP/JC
No quarto dia de guerra, o exército de Israel afirma que as fronteiras estão sob controle e que agora vai partir para o ataque ao Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza e lançou uma agressão sem precedentes no fim de semana. Com 100 mil soldados posicionados no entorno do enclave costeiro, o exército indica que dará início a uma temida ofensiva terrestre com ataques "maiores e mais severos".
No quarto dia de guerra, o exército de Israel afirma que as fronteiras estão sob controle e que agora vai partir para o ataque ao Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza e lançou uma agressão sem precedentes no fim de semana. Com 100 mil soldados posicionados no entorno do enclave costeiro, o exército indica que dará início a uma temida ofensiva terrestre com ataques "maiores e mais severos".
"O próximo passo é avançar, começar a ofensiva e atacar o grupo terrorista Hamas", anunciou o general Dan Goldfus, da 98ª Divisão, a infantaria do Exército israelense. "Precisamos mudar a realidade em Gaza para evitar que aconteça de novo - dure o tempo que durar", disse a jornalistas.
Pressionado para dar uma resposta ao ataque terrorista que deixou centenas de mortos, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu promete que o Hamas vai pagar "um preço sem precedentes". Mesmo com o anúncio da infantaria, o governo não fala abertamente sobre uma ofensiva terrestre, mas já deixou claro que não descarta nenhuma opção. Mais de 300 mil reservistas foram mobilizados e outros 600 mil podem ser acionados.
A defesa Israelense prepara as tropas para uma "ofensiva completa" e anunciou o envio de mais armas para as forças da linha de frente do conflito, no Sul do país, perto da fronteira com Gaza. "Vocês vão ter a possibilidade de mudar a realidade aqui. Gaza nunca mais será a mesma. O Hamas queria mudança em Gaza e vai ter a mudança oposta", disse o ministro da defesa Yoav Gallant as tropas na região de fronteira. "Eles vão se arrepender".
Enquanto isso, Israel confirmou a morte de dois líderes do Hamas em ataques aéreos na Faixa de Gaza e segue na caçada por terroristas, que poderiam estar escondidos no sul do país. "Eliminar os líderes do Hamas está entre as nossas prioridades", declarou o porta-voz da defesa israelense.
A invasão da Faixa de Gaza é considerada um movimento de alto risco, que parecia impensável nos últimos anos. Até a guerra ser deflagrada. O enclave de 365 km² é densamente povoado por mais de 2 milhões de palestinos, que praticamente não tem onde se abrigar no conflito. Por isso, uma incursão terrestre ameaça um banho de sangue.
A última vez que isso aconteceu há quase dez anos, em 2014, quando Israel e Hamas se enfrentaram em uma guerra de 50 dias. Na época, os tanques e tropas israelenses abarrotaram as ruas estreitas do enclave na tentativa de destruir a infraestrutura do Hamas. Como resultado, morreram dezenas de israelenses e 2.251 palestinos, em sua maioria civis, incluindo mais de 500 crianças, segundo dados da ONU.