Ao lado de Biden, Lula afirma que seguirá defendendo os trabalhadores

Chefe do Executivo do Brasil disse ao líder norte-americano que está em processo de recuperação da democracia do País

Por Agência Estado

Encontro marcou o lançamento da "Iniciativa Global Lula-Biden"
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que continuará trabalhando com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na esteira da formulação das iniciativas dos direitos trabalhistas no mundo. Para o norte-americano, todos merecem uma oportunidade igual e os direitos trabalhistas precisam ser garantidos de baixo para cima.
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As declarações ocorreram nesta quarta-feira (20), durante cerimônia de lançamento da "Iniciativa Global Lula-Biden para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do Século XXI", nos Estados Unidos. Biden disse que seus pais o ensinaram sobre o trabalho que, segundo eles, para além do dinheiro, tem relação com dignidade, respeito e autoestima. No anúncio, Lula disse esperar que a parceria entre Brasil e Estados Unidos busque desenvolvimento e melhoria de vida ao povo.
O petista classificou como momento "de ouro" o anúncio ao lado de Biden e disse que a juventude atualmente não tem perspectiva. "O gesto com Biden pode ser uma esperança de que é possível criar outro mundo", declarou o brasileiro. Para ele, o gesto é de incentivo a milhões de brasileiros e norte-americanos
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Na fala, o chefe do Executivo do Brasil disse que está em processo de recuperação da democracia do País e citou a aprovação da reforma tributária na Câmara. O petista lembrou sua trajetória de vida e disse que, ter só curso técnico lhe dá uma visão de mundo "que só parte da classe política consegue enxergar".
Mais tarde, Lula se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky. O encontro começou por volta das 17h no horário local. Foi a primeira vez que ambos estiveram juntos após o cancelamento de última hora na cúpula do G-7, no Japão, em maio, em virtude de conflitos de agenda. Desde então, declarações de Lula sobre a guerra, muitas vezes tidas como um apoio tácito à Rússia, desagradaram o governo ucraniano.

Na reunião, também estavam presentes o chanceler Mauro Vieira, o assessor internacional Celso Amorim e o secretário de comunicação, Paulo Pimenta.

Antes da reunião, questionado por jornalistas sobre as expectativas para o encontro, o petista respondeu que "é uma conversa de dois presidentes de países, cada um com seus problemas, suas visões".