Facção criminosa diz que matou candidato à presidência do Equador porque 'ele não cumpriu acordo'

Villavicencio foi assassinado com tiros na cabeça nesta quarta-feira (9) em um atentado durante um comício político em uma escola no norte de Quito

Por Agência Estado

Atentado à candidato no Equador ocorre a 11 dias das eleições gerais
Um grupo de homens encapuzados que se dizem parte da facção criminosa "Los Lobos", uma das maiores do Equador, assumiu via vídeo na rede social X, antigo Twitter, o assassinato de Fernando Villavicencio, candidato presidencial morto com três tiros na cabeça, na quarta-feira (9), em um atentado durante um comício político em uma escola no norte de Quito.
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As autoridades equatorianas ainda não haviam se pronunciado sobre o vídeo até a publicação desta matéria. As investigações estão em andamento. Seis pessoas foram presas e uma foi morta durante a operação policial. Uma maleta com armas e explosivos foi encontrada em uma casa na região.

Os Los Lobos são uma facção criminosa considerada a segunda maior do país. Segundo a rede estatal britânica BBC, cerca de 8 mil pessoas fazem parte do grupo. Envolvido com tráfico internacional de cocaína, o Los Lobos também esteve envolvido em mortes brutais dentro de presídios no Equador recentemente. Em maio de 2022, essa facção foi responsável por uma rebelião que deixou 43 mortos em um presídio de Santo Domingo.

Atentado ocorreu durante comício

O candidato Fernando Villavicencio foi assassinado com tiros na cabeça nesta quarta-feira em um atentado durante um comício político em uma escola no norte de Quito, a 11 dias das eleições gerais e em meio a uma onda de violência que afeta várias partes do país sul-americano.

Villavicencio foi um dos oito candidatos registrados para a eleição presidencial de 20 de agosto. O político não estava entre os favoritos, com apenas 10% das preferências, embora fosse uma figura conhecida por denunciar no passado vários casos de corrupção governamental.

O candidato estava com proteção policial há várias semanas e, segundo o que Patricio Zuquilanda, assessor da campanha do candidato, disse à Associated Press, Villavicencio havia recebido duas ameaças de morte, mas não deu mais detalhes. (Com agências internacionais).