A tempestade tropical Idalia ganhou força nesta terça-feira (29) e virou um furacão após passar por Cuba e seguir em direção à costa do Golfo da Flórida, informaram autoridades norte-americanas antes de ordenarem o esvaziamento de regiões do Dudeste dos Estados Unidos.
Os moradores devem se preparar para uma possível tempestade de categoria 3 com ventos de pelo menos 179 km/h, afirmou o NHC (Centro Nacional de Furacões dos EUA). Espera-se que o Idalia atinja esse status de grande furacão na manhã desta quarta-feira e chegue à costa no final do dia.
Enquanto a tempestade ganha força, cerca de 14 milhões de moradores da Flórida estão sob alerta de furacão, desde a área de Sarasota, no centro-oeste do estado, passando por Tampa e chegando à Baía de Apalachicola, ao Norte.
"Apertem os cintos", disse o governador da Flórida e pré-candidato à Presidência, Ron DeSantis. O republicano declarou estado de emergência em 46 condados e anunciou a retirada de moradores no Oeste do estado. "Este vai ser um furacão potente e, sem dúvidas, vai afetar o estado da Flórida de muitas maneiras diferentes".
O presidente Joe Biden conversou com DeSantis na segunda e aprovou uma declaração de emergência para a Flórida, o que garante ajuda federal para enfrentar a passagem da Idalia.
Caso as previsões se confirmem, o Idalia será o quarto grande furacão a atingir o estado nos últimos sete anos, depois do Irma em 2017, do Michael em 2018 e do Ian, que atingiu o pico na categoria 5, em setembro passado.
Ao passar em Cuba, a tempestade já fez estragos ao provocar a retirada de milhares de moradores do Oeste da ilha na segunda, com ventos de 110 km/h. Os cubanos correram para esvaziar cidades costeiras, proteger as casas e tentar salvar barcos de pesca.
No meio da tarde, porém, enchentes inundaram a pequena vila de pescadores de Guan, a uma hora de carro ao Sul de Havana. Ônibus antigos, sem piso e janelas, transportavam mulheres e crianças para lugares mais altos enquanto os ventos uivavam, sacudindo os telhados de zinco e batendo os barcos de pesca escondidos nos manguezais.
Milhares de pessoas foram retiradas de suas casas naquela província, assim como da vizinha Artemisa, enquanto fortes chuvas encharcavam a capital, Havana.
Folhapress