A Justiça dos Estados Unidos agendou nesta segunda-feira (28) o julgamento do ex-presidente Donald Trump pela tentativa de anular as eleições de 2020, que elegeram Joe Biden. A audiência acontecerá em 4 de março de 2024.
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Audiência foi marcada para dia antes da "Super Terça", como é chamada a terça-feira do período eleitoral em que mais estados decidem, em eleições primárias, quais serão os candidatos presidenciais.
Trump é o principal nome do Partido Republicano para a decisão do ano que vem.
Trump é o principal nome do Partido Republicano para a decisão do ano que vem.
Na semana passada, ex-presidente foi detido e fichado por tentativa de obstrução das eleições. Ele pagou fiança de US$ 200 mil (equivalente a R$ 1 milhão) e foi liberado cerca de 10 minutos depois.
A decisão foi divulgada pela juíza Tanya Chutkan. A data escolhida é posterior ao que fora pedido pela Procuradoria, que queria um julgamento em janeiro, e muito antes do desejado pela defesa de Trump, que havia solicitado abril de 2026, em uma tentativa de protelar o processo.
O caso, que tramita na Justiça federal, trata das supostas tentativas do republicano de reverter sua derrota nas eleições de 2020 para o democrata Joe Biden. A denúncia foi apresentada em 1º de agosto pelo conselheiro especial do Departamento de Justiça Jack Smith.
Já há um outro julgamento de Trump previsto para o dia 25 de março, na Justiça de Nova York, onde ele é acusado de pagar a atriz pornô Stormy Daniels para que ela não revelasse durante a campanha de 2016 um suposto caso entre os dois. Esse pagamento teria sido maquiado nos registros oficiais das contas do empresário.
As acusações no processo do 6 de Janeiro são quatro: conspiração para defraudar os EUA, conspiração contra direitos, conspiração para obstruir um procedimento oficial, e obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial.
Trump afirma estar sendo perseguido politicamente por Smith, uma vez que o Departamento de Justiça está sob o guarda-chuva do governo Biden.
Um processo semelhante corre na Justiça estadual da Geórgia, mas com foco nas supostas ações tomadas para reverter o resultado eleitoral apenas neste estado, onde Trump perdeu por uma diferença de 0,2 ponto percentual. Em uma ligação por telefone vazada, ele pede a uma autoridade do estado que "encontre" cerca de 12 mil votos - o necessário para reverter o placar a seu favor.
Folhapress