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Estados Unidos

- Publicada em 24 de Agosto de 2023 às 17:20

EUA: Veja 5 pontos do debate entre os pré-candidatos do Partido Republicano

Oito candidatos tentaram se mostrar capazes de preencher a ausência de Donald Trump

Oito candidatos tentaram se mostrar capazes de preencher a ausência de Donald Trump


BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/JC
A corrida presidencial americana começou oficialmente nesta quarta-feira (23), com o primeiro debate das primárias do Partido Republicano. No palco, oito candidatos tentaram se mostrar capazes de preencher a ausência de Donald Trump.
A corrida presidencial americana começou oficialmente nesta quarta-feira (23), com o primeiro debate das primárias do Partido Republicano. No palco, oito candidatos tentaram se mostrar capazes de preencher a ausência de Donald Trump.
O ex-presidente não participou, sob a justificativa de que está muito à frente nas pesquisas e que o eleitorado já o conhece. Para não ficar de fora dos holofotes, uma entrevista pré-gravada foi ao ar pouco antes de o debate começar.
Veja os principais momentos do primeiro confronto entre os candidatos à vaga republicana na eleição para a Casa Branca contra o democrata Joe Biden.
1 - Levante a mão quem apoia Trump, mesmo se condenado
Ao serem questionados se apoiariam o ex-presidente mesmo se ele for condenado pela Justiça em algum dos quatro processos criminais aos quais responde, sete dos oito candidatos levantaram a mão, dizendo que sim -embora o governador da Flórida, Ron DeSantis, e o ex-vice de Trump, Mike Pence, tenham demorado alguns segundos a mais para reagir.
O ex-governador de Nova Jersey Chris Christie foi o último a levantar a mão, mas em seguida disse que isso não significava que apoiaria Trump. O ex-governador do Arkansas Asa Hutchinson foi o único a não levantar a mão.
Ambos são críticos de Trump dentro do partido. Para Christie, o ex-presidente tentou se colocar acima da Constituição. Hutchinson, por sua vez, disse que o empresário é "moralmente desqualificado" e que,, na visão de alguns acadêmicos, a 14ª Emenda, que trata de insurreição, pode ser usada contra ele.
2 - O herói do 6 de janeiro
Mike Pence serviu como vice de Trump, mas se negou a ajudá-lo em sua tentativa de permanecer no poder no 6 de Janeiro. Esse embate é uma das principais cartas na campanha de Pence, uma espécie de "herói pró-democracia" do partido. "Ele [Trump] me pediu para que o colocasse acima da Constituição, e eu escolhi a Constituição", afirmou.
Uma das perguntas feitas pelos moderadores do debate nesta quarta foi justamente se os presentes acreditavam que Pence agiu corretamente. Christie, o senador Tim Scott e a ex-governadora Nikki Haley apoiaram o ex-vice de Trump; DeSantis tentou desviar da resposta, e apenas após ser pressionado pelos moderadores disse um pouco enfático "sim, não tenho problemas com Pence".
3 - Dívida pública também é culpa de Trump
Enquanto seus parceiros de palco criticavam o aumento de gastos públicos sob Biden e prometiam responsabilidade fiscal, Haley foi a única a cutucar Trump nesse front. A ex-governadora da Carolina do Sul disse que, antes do democrata, o republicano aumentou a dívida americana em US$ 8 trilhões, "e nossas crianças nunca vão nos perdoar por isso".
A fala foi pescada por democratas, que têm compartilhado o vídeo com o trecho nas redes sociais -inclusive Biden, com a legenda: "Foi o que ela disse".
4 - Crise climática é 'fraude'
Diante da onda de calor que assola os EUA e os incêndios que devastaram o Havaí, os candidatos foram questionados se acreditavam que a mudança climática é resultado de ações humanas. Novamente, os moderadores pediram que levantasse a mão quem achasse que sim.
Numa tentativa de demonstrar força, DeSantis se negou a entrar no jogo. "Nós não somos crianças", retorquiu. "Vamos debater a questão". Em seguida, porém, foi logo ofuscado pelo empresário Vivek Ramaswamy, que chamou a mudança climática de "fraude". Ele disse ainda que mais pessoas morrem por efeito das políticas criadas contra o problema do que pelo problema em si.
5 - 'Um cara magrinho de nome engraçado'
Com posições polêmicas e postura enérgica, Ramaswamy roubou a cena no palco. O filho de indianos de apenas 38 anos se apresentou como 'um cara magrinho de sobrenome engraçado', emulando um discurso que um desconhecido Barack Obama fez em 2004.
Mas, em todo o resto, a referência de Ramaswamy foi mesmo Trump: ele se vendeu como um outsider da política enfrentando "marionetes de doadores", entrou em confrontos diretos com seus competidores diversas vezes e soltou inúmeras opiniões controversas.
Além de negar o aquecimento global, ele defendeu combustíveis fósseis, disse que os EUA deveriam proteger suas próprias fronteiras em vez de enviar recursos para a Ucrânia, prometeu combater a violência "com a lei e a ordem" e dando segurança para que os policiais nas ruas possam fazer seu trabalho "sem ter que se preocupar em serem processados depois". Ele disse ainda que existe uma epidemia de famílias sem pai porque o governo paga benefícios a mães solteiras.
Foi Ramaswamy também quem mais enfaticamente defendeu Trump, elogiado "como o melhor presidente do século 21". O empresário disse ainda que, caso seja eleito, vai perdoar Trump e cobrou dos outros candidatos se fariam o mesmo.