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Relações Internacionais

- Publicada em 22 de Agosto de 2023 às 16:05

Lula defende expansão do Brics

Líder petista também fez acenos à pauta comum nas nações africanas

Líder petista também fez acenos à pauta comum nas nações africanas


GIANLUIGI GUERCIA/afp/jc
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (22) que o Brasil quer como contrapartida à expansão do Brics que a China apoie a candidatura brasileira ao Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas (ONU). A Rússia, também integrante do conselho, já declarou ser a favor da postulação do Brasil. Lula afirmou que há sim possibilidade de ampliação, mas reiterou a necessidade de normas e procedimentos. E disse que será necessário convencer os chineses.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (22) que o Brasil quer como contrapartida à expansão do Brics que a China apoie a candidatura brasileira ao Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas (ONU). A Rússia, também integrante do conselho, já declarou ser a favor da postulação do Brasil. Lula afirmou que há sim possibilidade de ampliação, mas reiterou a necessidade de normas e procedimentos. E disse que será necessário convencer os chineses.
"O Brasil reivindica que vários países possam entrar no Conselho de Segurança como membros permanentes. O Brics tem cinco países e só dois são membros. É preciso a gente convencer a China e a Rússia que Brasil, África do Sul e a Índia possam entrar no Conselho de Segurança. Esse é um debate que vamos discutir. Para a gente possibilitar a entrada de vários países temos que limitar a uma certa coisa que todo mundo concorde. Se não tiver um certo grau de compromisso dos países que entram no Brics vira uma torre de babel. Estamos construindo isso", disse o presidente.
Lula disse ser a favor da adesão de vários países e que o bloco vai precisar se adaptar a conviver com mais divergências. Segundo ele, a ampliação não visa à formação de um polo antagônico aos Estados Unidos ou ao G-7.
O presidente disse esperar que sejam tomadas decisões logo mais no diálogo reservado com os presidentes Xi Jinping (China), Cyril Ramaphosa (África do Sul), Vladimir Putin (Rússia) e com o primeiro-ministro Narendra Modi (Índia). "Acho que vão sair grandes decisões não para serem implantadas amanhã, mas para serem cumpridas no próximo período", previu Lula.
O presidente brasileiro citou nominalmente a Argentina como país parceiro que gostaria de ver no Brics e afirmou que o Brasil deve planejar seu futuro de reindustrialização de olho no vizinho, além de poder socorrer a economia em crise do país, com escassez de dólares, por meio da moeda nacional chinesa, o yuan. O presidente também elogiou a adesão da Indonésia. Os dois países estão entre os Big Five, os cinco candidatos favoritos, lista que inclui Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes.
Lula também fez acenos à pauta comum nas nações africanas. Elogiou o potencial futuro econômico do continente e disse que há muito por fazer em infraestrutura e que os "empresários vão se voltar à África em algum momento". O petista sugeriu que investidores devem procurar gerar empregos nos países africanos, um dos principais flagelos dos países.