O Ministério de Segurança do Estado da China (MSS) anunciou nesta segunda-feira (21) a prisão de um funcionário chinês acusado de espionagem para a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA). O caso, ainda sob investigação, envolve um homem de 39 anos chamado Hao, que trabalhava para um ministério não especificado. Este foi o segundo episódio de espionagem que o País anunciou este mês.
Hao estava estudando no Japão quando conheceu um funcionário da embaixada dos Estados Unidos durante um pedido de visto e desenvolveu "uma relação próxima" com ele, descreveu o ministério, até ganhar a sua confiança por meio de convites para jantares e presentes. O homem colocou Hao em contato com um agente da CIA, que teria o persuadido a espionar para a agência norte-americana.
De acordo com o MSS, Hao assinou um contrato e recebeu treinamento nos EUA antes de ser instruído a conseguir um emprego no governo chinês. Hao "fez vários contatos secretos com o pessoal da CIA dentro do país, para fornecer inteligência e levantar fundos de espionagem" durante seu trabalho lá, antes de ser descoberto, disse o ministério. "Ele se encontrou com o pessoal da CIA na China em várias ocasiões para oferecer-lhes informações em troca de dinheiro", disse a nota.
No início de agosto, o MSS anunciou um caso de espionagem da CIA envolvendo um homem de 52 anos chamado Zeng, que forneceu "informações secretas importantes" em troca de dinheiro. Ele foi contatado por um funcionário da embaixada dos EUA na Itália.
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Pequim implementou uma lei antiespionagem revisada no mês passado que dá às autoridades mais poder do que nunca para punir o que consideram ameaças à segurança nacional. Da mesma forma, o Ministério da Segurança do Estado pediu neste mês a mobilização de "toda a sociedade" para "prevenir e combater a espionagem" e anunciou uma série de medidas para "reforçar a defesa nacional" contra "atividades de inteligência estrangeira".