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Estados Unidos

- Publicada em 09 de Agosto de 2023 às 20:16

Incêndios florestais causam destruição no Havaí e forçam moradores a fugir pelo mar

As fortes rajadas de ventos espalham as chamas e dificultam o trabalho dos bombeiros em Mauí

As fortes rajadas de ventos espalham as chamas e dificultam o trabalho dos bombeiros em Mauí


Zeke Kalua/County of Maui/AFP/JC
Incêndios florestais que se alastram devido a fortes ventos forçaram a retirada de moradores e provocaram quedas de energia na terça-feira (9) em várias regiões do Havaí, nos Estados Unidos. Segundo o governo local, a situação é crítica, e algumas pessoas tiveram de pular no mar para escapar das chamas.

Incêndios florestais que se alastram devido a fortes ventos forçaram a retirada de moradores e provocaram quedas de energia na terça-feira (9) em várias regiões do Havaí, nos Estados Unidos. Segundo o governo local, a situação é crítica, e algumas pessoas tiveram de pular no mar para escapar das chamas.
Os incêndios ocorrem em um momento em que os EUA sofrem os impactos de fenômenos climáticos extremos em série. Na véspera, autoridades disseram que duas pessoas haviam morrido na Carolina do Sul e no Alabama e mais de 1,1 milhão de propriedades estava sem energia no país devido a fortes chuvas. Ao menos dez estados norte-americanos emitiram alerta de tornado e pedidos de cautela à população.
No Havaí, a vice-governadora do estado, Sylvia Luke, disse à emissora CNN que a retirada de pessoas estava em curso, embora o número da população impactada ainda não havia sido definida. Não há registro de mortes, mas um bombeiro precisou ser hospitalizado depois de inalar fumaça - o estado de saúde dele era estável. A região mais atingida é a cidade de Lahaina, na ilha de Mauí. "As pessoas estão pulando na água para evitar o fogo", disse o major-general do Exército norte-americano, Kenneth Hara, à rede Hawaii News Now. "A Guarda Costeira está dando apoio", acrescentou.
O governo local decretou estado de emergência e disse que 12 pessoas foram resgatadas após se jogarem no mar. Já a Guarda Costeira prometeu o envio de reforços e mais embarcações para Mauí. As fortes rajadas de ventos, que chegam a 130 km/h, espalham as chamas e dificultam o trabalho dos bombeiros, impedindo o voo de helicópteros para despejar água ou mapear a dimensão dos incêndios.
Segundo especialistas, os ventos são provocados pelo furacão Dora, que não deve atingir o território dos EUA e, na manhã desta quarta, estava a cerca de 800 km ao sul do Havaí. A seca na região é outro fator que contribui para a propagação dos incêndios. "O fogo pode estar a um ou mais quilômetros da sua casa, mas, em um ou dois minutos, pode chegar à sua casa", disse o chefe dos bombeiros, Jeff Giesea, segundo a agência de notícias Associated Press.
Várias propriedades foram danificadas, e o serviço de chamada de emergência caiu devido à quantidade de ligações, segundo o jornal The New York Times. Autoridades orientaram os moradores a entrar em contato diretamente com os departamentos de polícia locais em caso de emergência. Meteorologistas esperam que os ventos no Havaí diminuam, à medida que um sistema de alta pressão ao norte enfraquece o furacão Dora, que se move para o oeste, afastando-se das ilhas.
Ao mesmo tempo, o país, assim como outras nações do Hemisfério Norte, vem registrando temperaturas altíssimas. Cientistas apontam que a primeira semana de julho foi a mais quente desde 1979, com a temperatura média global batendo recordes consecutivos. No Alasca, enchentes forçaram a retirada de pessoas da cidade de Juno e provocaram o desabamento de casas, que foram levadas pela correnteza.