O número de migrantes que cruzou o Estreito de Darién, um perigoso trecho de selva entre Colômbia e Panamá, rumo aos EUA, ultrapassou 248 mil nos primeiros sete meses do ano, superando o total de 2022, que já havia sido recorde. A metade saiu da Venezuela.
A crise econômica e de segurança continua impulsionando a migração para os EUA, apesar dos esforços norte-americanos para conter o fluxo. Segundo dados oficiais do Panamá, 21% dos 248 mil imigrantes que entram no país por Darién são crianças ou adolescentes.
O aumento ocorre apesar de um acordo entre EUA, Colômbia e Panamá de investir para reduzir a pobreza e criar empregos nas comunidades da fronteira colombiana e panamenha - o que até agora não surtiu efeito. A fila puxada pelos venezuelanos também inclui haitianos, equatorianos, cubanos e até brasileiros.
O aumento chamou atenção em 2022, quando o Panamá registrou um fluxo acima da média de migrantes utilizando o caminho de Darién, marcado por sequestros, roubos e pessoas perdidas na selva úmida.
Na época, especialistas explicaram que o endurecimento das regras nos EUA favorecia a migração por Darién. Antes, muitos migrantes viajavam de avião até o México ou para outro país mais perto da fronteira. Mas uma mudança na política norte-americana de vistos aumentou os preços e o tempo, tornando a viagem inviável.
A ONU projeta que, se o ritmo continuar, 400 mil devem cruzar Darién até o fim do ano. Centenas de pessoas já desapareceram na selva, mas é difícil precisar um número de mortos. Os EUA ainda tentam reduzir a imigração. Em outubro, Washington limitou o número de vistos para venezuelanos em 24 mil, passando a exigir entrada por avião e indicação de alguém para mantê-los dentro do território norte-americano.
A ação reduziu o número de venezuelanos na selva, de 40 mil, em outubro, para menos de 700, em novembro. Mas os números voltaram a subir em fevereiro, com 7 mil venezuelanos na rota, e mais de 20 mil no mês seguinte.
O que preocupa especialistas é que cada vez mais famílias se lançam na selva. O perfil, que antes era de homens jovens e com boa saúde para enfrentar a rota, agora é de mulheres, crianças e idosos, que correm risco de desidratação, violência sexual e roubos em uma região conhecida pela presença de criminosos. Em média, a travessia leva de sete a dez dias, podendo durar até duas semanas para pessoas com mobilidade reduzida, como crianças e idosos.
O aumento ocorre apesar de um acordo entre EUA, Colômbia e Panamá de investir para reduzir a pobreza e criar empregos nas comunidades da fronteira colombiana e panamenha - o que até agora não surtiu efeito. A fila puxada pelos venezuelanos também inclui haitianos, equatorianos, cubanos e até brasileiros.
O aumento chamou atenção em 2022, quando o Panamá registrou um fluxo acima da média de migrantes utilizando o caminho de Darién, marcado por sequestros, roubos e pessoas perdidas na selva úmida.
Na época, especialistas explicaram que o endurecimento das regras nos EUA favorecia a migração por Darién. Antes, muitos migrantes viajavam de avião até o México ou para outro país mais perto da fronteira. Mas uma mudança na política norte-americana de vistos aumentou os preços e o tempo, tornando a viagem inviável.
A ONU projeta que, se o ritmo continuar, 400 mil devem cruzar Darién até o fim do ano. Centenas de pessoas já desapareceram na selva, mas é difícil precisar um número de mortos. Os EUA ainda tentam reduzir a imigração. Em outubro, Washington limitou o número de vistos para venezuelanos em 24 mil, passando a exigir entrada por avião e indicação de alguém para mantê-los dentro do território norte-americano.
A ação reduziu o número de venezuelanos na selva, de 40 mil, em outubro, para menos de 700, em novembro. Mas os números voltaram a subir em fevereiro, com 7 mil venezuelanos na rota, e mais de 20 mil no mês seguinte.
O que preocupa especialistas é que cada vez mais famílias se lançam na selva. O perfil, que antes era de homens jovens e com boa saúde para enfrentar a rota, agora é de mulheres, crianças e idosos, que correm risco de desidratação, violência sexual e roubos em uma região conhecida pela presença de criminosos. Em média, a travessia leva de sete a dez dias, podendo durar até duas semanas para pessoas com mobilidade reduzida, como crianças e idosos.