Os militares consolidaram nesta sexta-feira (28) o golpe que derrubou o primeiro governo democraticamente eleito no Níger. O general Abdourahamane Tchiani foi nomeado o novo líder do país africano, que teve a Constituição suspensa. Com isso, os poderes Executivo e Legislativo ficam unificados sob o comando de Tchiani.
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Em discurso na TV estatal, o general disse que foi nomeado presidente da junta militar que derrubou o governo e justificou o golpe pela "deterioração da situação de segurança" no país.
"A abordagem atual em matéria de segurança não foi capaz de proteger o país, apesar dos grandes sacrifícios do povo nigerino e do grato apoio de nossos aliados externos", afirmou o general.
A tomada de poder interrompe o mandato do primeiro presidente democraticamente eleito na história do Níger, Mohamed Bazoum, que está detido junto com a família há três dias.
A história do Níger é marcada por uma sucessão de golpes desde que o país declarou independência da França, na década de 1960.
Nesta sexta, o presidente francês Emmanuel Macron fez coro aos apelos internacionais pela libertação de Bazoum e restituição da ordem democrática no país. "Este golpe de Estado é completamente ilegítimo e profundamente perigoso para os nigerinos, para o Níger e para toda a região", repreendeu Macron.
A tomada de poder pelos militares também foi condenado por vizinhos africanos, Estados Unidos, ONU e União Europeia, que ameaça suspender a ajuda financeira que fornece ao Níger.
Diante da repercussão, a junta militar alertou que é contra "qualquer intervenção militar estrangeira" em comunicado emitido logo após o discurso do general Tchiani.
"A abordagem atual em matéria de segurança não foi capaz de proteger o país, apesar dos grandes sacrifícios do povo nigerino e do grato apoio de nossos aliados externos", afirmou o general.
A tomada de poder interrompe o mandato do primeiro presidente democraticamente eleito na história do Níger, Mohamed Bazoum, que está detido junto com a família há três dias.
A história do Níger é marcada por uma sucessão de golpes desde que o país declarou independência da França, na década de 1960.
Nesta sexta, o presidente francês Emmanuel Macron fez coro aos apelos internacionais pela libertação de Bazoum e restituição da ordem democrática no país. "Este golpe de Estado é completamente ilegítimo e profundamente perigoso para os nigerinos, para o Níger e para toda a região", repreendeu Macron.
A tomada de poder pelos militares também foi condenado por vizinhos africanos, Estados Unidos, ONU e União Europeia, que ameaça suspender a ajuda financeira que fornece ao Níger.
Diante da repercussão, a junta militar alertou que é contra "qualquer intervenção militar estrangeira" em comunicado emitido logo após o discurso do general Tchiani.
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Grupo Wagner 'oferece' serviços ao Níger
Depois dos golpes no Mali e Burkina Faso, que se aproximaram da Rússia após exigir a saída dos soldados franceses, o Níger era um dos últimos aliados das potências ocidentais na região que enfrenta um avanço de extremistas ligados ao Estado Islâmico e a Al-Qaeda.
Agora, o Níger parece ter o mesmo destino dos vizinhos. Na quinta-feira, antes que as manifestações fossem proibidas pela junta militar, centenas de apoiadores do golpe se reuniram na capital Niamey. Alguns, exibiam bandeiras da Rússia.
A Casa Branca disse que não vê sinais de envolvimento da Rússia ou do grupo Wagner no golpe que abala o país africano. A tomada de poder, no entanto, foi celebrada pelo chefe dos mercenários, Yevgeni Prigozhin, como resultado do que chamou "luta do Níger contra os colonizadores".
O áudio atribuído a Prigozhin que circula no Telegram exalta o que ele define como eficiência do grupo para estabilizar países africanos. Uma mensagem que soa como oferta.
"Milhares de combatentes do grupo Wagner são capazes de trazer ordem, destruir terroristas e não permitir que eles prejudiquem a população desses países", declarou o chefe dos mercenários.