O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (12) um plano robusto para proteção do ambiente e combate à crise climática. O projeto faz parte do chamado Acordo Verde Europeu, que busca estabelecer a meta de biodiversidade mais ambiciosa do mundo e tornar o bloco uma referência global.
O plano estabelece metas obrigatórias para preservação de espécies. Também prevê a reabilitação de pelo menos 20% dos ecossistemas terrestres e marinhos degradados na União Europeia (UE) até 2030. O projeto foi aprovado com 336 votos a favor, 300 contra e 13 abstenções. A votação apertada em Estrasburgo, na França, expôs divergências no bloco após meses de debates e de campanha política.
Agora, os países da UE devem negociar o texto final - os legisladores esperam chegar a um acordo antes da eleição do Parlamento Europeu, marcada para junho de 2024.
O Partido Popular Europeu, o maior grupo do Parlamento, liderou uma campanha para vetar o plano, alegando que a aprovação do texto prejudicaria os agricultores e colocaria em risco a segurança alimentar.
Com mais de 80% dos ambientes naturais da Europa já degradados, a aprovação do plano era o mínimo que o bloco europeu poderia ter feito, disse a também francesa Manon Aubry, de esquerda. Centenas de ativistas liderados por Greta Thunberg foram às ruas de Estrasburgo para pressionar a aprovação da lei.
Com mais de 80% dos ambientes naturais da Europa já degradados, a aprovação do plano era o mínimo que o bloco europeu poderia ter feito, disse a também francesa Manon Aubry, de esquerda. Centenas de ativistas liderados por Greta Thunberg foram às ruas de Estrasburgo para pressionar a aprovação da lei.
"A campanha de desinformação da extrema direita falhou", disse a líder dos Verdes, a alemã Terry Reintke. "Agora é a hora de arregaçar as mangas e voltar à política construtiva e baseada no consenso."
Divergências na área ambiental emperram a formalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já prometeu concluir o acordo ainda em 2023, mas disse que os termos atuais são impossíveis de serem aceitos, defendendo uma renegociação.
O principal impasse é um anexo ao texto, chamado de "side letter", proposto pelos europeus no início deste ano, que tornaria obrigatórios alguns compromissos ambientais antes voluntários.
Folhapress