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Meio Ambiente

- Publicada em 12 de Julho de 2023 às 17:32

União Europeia aprova legislação robusta para combater crise climática

Em votação apertada, projeto aprovado faz parte do chamado acordo Verde

Em votação apertada, projeto aprovado faz parte do chamado acordo Verde


FREDERICK FLORIN/AFP/JC
O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (12) um plano robusto para proteção do ambiente e combate à crise climática. O projeto faz parte do chamado Acordo Verde Europeu, que busca estabelecer a meta de biodiversidade mais ambiciosa do mundo e tornar o bloco uma referência global.
O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (12) um plano robusto para proteção do ambiente e combate à crise climática. O projeto faz parte do chamado Acordo Verde Europeu, que busca estabelecer a meta de biodiversidade mais ambiciosa do mundo e tornar o bloco uma referência global.
O plano estabelece metas obrigatórias para preservação de espécies. Também prevê a reabilitação de pelo menos 20% dos ecossistemas terrestres e marinhos degradados na União Europeia (UE) até 2030. O projeto foi aprovado com 336 votos a favor, 300 contra e 13 abstenções. A votação apertada em Estrasburgo, na França, expôs divergências no bloco após meses de debates e de campanha política.
Agora, os países da UE devem negociar o texto final - os legisladores esperam chegar a um acordo antes da eleição do Parlamento Europeu, marcada para junho de 2024. 
O Partido Popular Europeu, o maior grupo do Parlamento, liderou uma campanha para vetar o plano, alegando que a aprovação do texto prejudicaria os agricultores e colocaria em risco a segurança alimentar.
Com mais de 80% dos ambientes naturais da Europa já degradados, a aprovação do plano era o mínimo que o bloco europeu poderia ter feito, disse a também francesa Manon Aubry, de esquerda. Centenas de ativistas liderados por Greta Thunberg foram às ruas de Estrasburgo para pressionar a aprovação da lei.
"A campanha de desinformação da extrema direita falhou", disse a líder dos Verdes, a alemã Terry Reintke. "Agora é a hora de arregaçar as mangas e voltar à política construtiva e baseada no consenso."
Divergências na área ambiental emperram a formalização do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já prometeu concluir o acordo ainda em 2023, mas disse que os termos atuais são impossíveis de serem aceitos, defendendo uma renegociação.
O principal impasse é um anexo ao texto, chamado de "side letter", proposto pelos europeus no início deste ano, que tornaria obrigatórios alguns compromissos ambientais antes voluntários.