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Relações Internacionais

- Publicada em 10 de Julho de 2023 às 17:07

Cúpula da Otan se reúne nesta terça e quarta-feira na Lituânia

Reunião em Vilna, capital da Lituânia, foi definida por fazer fronteira com a Rússia e por ser um dos principais apoiadores de Kiev

Reunião em Vilna, capital da Lituânia, foi definida por fazer fronteira com a Rússia e por ser um dos principais apoiadores de Kiev


/PETRAS MALUKAS/AFP/JC
Após um encontro histórico no ano passado em Madrid em que os países que fazem parte da Otan reconheceram a Rússia como "a ameaça mais significativa e direta à segurança dos aliados da organização", a aliança militar se junta novamente para seu encontro anual com pautas que seguem travadas após a invasão russa na Ucrânia.
Após um encontro histórico no ano passado em Madrid em que os países que fazem parte da Otan reconheceram a Rússia como "a ameaça mais significativa e direta à segurança dos aliados da organização", a aliança militar se junta novamente para seu encontro anual com pautas que seguem travadas após a invasão russa na Ucrânia.
Sem um consenso sobre como a entrada da Ucrânia na Otan deve ser feita, os países-membros devem concordar em mais garantias de segurança para Kiev e uma admissão mais rápida após o fim da guerra. Com os tramites travados por Turquia e Hungria, a admissão da Suécia também deve ser pauta do encontro, assim como um novo plano para reforçar a segurança dos países da organização que estão geograficamente mais próximos da Rússia.
O encontro anual de líderes dos países da Otan será realizado nesta terça (11) e quarta-feira (12) em Vilna, capital da Lituânia. O país báltico faz fronteira com a Rússia e é um dos principais apoiadores de Kiev, junto com as outras nações bálticas, Estônia e Letônia.
"O objetivo é mostrar que o encontro está acontecendo muito próximo da Ucrânia. E tem o simbolismo de ser na Lituânia, país que já sofreu diversas intimidações da Rússia e busca novas garantias de segurança para se defender da Rússia", aponta a professora da Universidade de Vilna, na Lituânia, Dovile Jakniunaite.
Apesar do forte apoio militar e financeiro da aliança a Ucrânia, os membros da organização divergem sobre como o país será admitido na Otan. Para membros como a Polônia e os países bálticos, que fazem fronteira com a Rússia, Kiev já se provou no campo de batalha e seu conhecimento militar em decorrência da guerra contra Moscou poderia servir bem a Otan em caso de novos conflitos com a Rússia. Já países como Estados Unidos e Alemanha são mais cautelosos em relação aos planos de entrada da Ucrânia e preferem um processo mais gradual.
A Otan também gostaria de anunciar antes do encontro a entrada da Suécia na aliança militar. A aprovação de Estocolmo como o 32° integrante da aliança militar precisa ser feita por todos os países que estão na Otan. Contudo, Turquia e Hungria ainda não deram o aval, apesar de negociações feitas ao longo do mês de junho.
A cúpula da Otan também deve anunciar novas estratégias de defesa para melhorar a segurança dos países-membros, principalmente na fronteira da aliança militar com a Rússia, que passou a ter 1.300 quilômetros após a admissão da Finlândia.
Cerca de 40 mil soldados estão de prontidão no Norte da Estônia até a Romênia, no Mar Negro. Cerca de 100 aeronaves voam naquele território todos os dias, e um total de 27 navios de guerra operam nos mares Báltico e Mediterrâneo. Esses números devem aumentar. Sob seus novos planos, a Otan pretende ter até 300 mil soldados prontos para se deslocar para seu flanco oriental dentro de 30 dias.