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Putin vende normalidade na Rússia, mas motim mercenário segue sem respostas
Governo de Vladimir Putin tentou vender normalidade na Rússia nesta segunda (26), primeiro dia útil após o inédito motim
O governo de Vladimir Putin tentou vender normalidade na Rússia nesta segunda-feira (26), primeiro dia útil após o inédito motim promovido pelos mercenários do Grupo Wagner, encerrado com um acordo mediado pela Bielorrússia no sábado (24).
Mas o fato que persiste é uma enorme ausência de respostas não só sobre o movimento rebelde em si, mas sobre o que ocorrerá daqui em diante. Ninguém sabe, por exemplo, o destino dos alegados 25 mil soldados comandados por Ievguêni Prigojin, o homem que era conhecido como "chef de Putin" e que tornou-se a face visível da maior contestação ao poder do presidente em seus quase 24 anos de poder.
Um sinal dessas lacunas foi divulgado por diversos meios de comunicação russos, estatais e privados: as acusações criminais de revolta armada contra Prigojin, disparadas pelo temido FSB (Serviço Federal de Segurança, na sigla russa) no início da rebelião na sexta-feira (23), estão, segundo relatos, em pé.
Ocorre que o fim do motim passou, segundo o que foi divulgado pelo ditador bielorrusso, Aleksandr Lukachenko, e por Prigojin, pela anistia a todos os participantes da insurreição. É um vaivém desconcertante: Putin jogou para a plateia no sábado (24) com um discurso duro, acusando o ex-aliado de "facada nas costas" do povo e prometendo punições severas, mas já negociava um acordo -sugerindo assim que não atacou com mais vigor a coluna armada que se dirigia a Moscou para não acirrar ânimos.