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França

- Publicada em 29 de Junho de 2023 às 10:48

Polícia prende 150 pessoas na 2ª noite de protestos após morte de jovem por agentes na França

Protestos eclodiram após um agente matar a tiros Nahel, 17, que teria desobedecido ordens em uma abordagem

Protestos eclodiram após um agente matar a tiros Nahel, 17, que teria desobedecido ordens em uma abordagem


BERTRAND GUAY/AFP/JC
A segunda noite de protestos violentos que explodiram na França após um policial matar um adolescente de origem argelina teve o saldo de 150 pessoas presas em decorrência de atos de vandalismo, incluindo escolas incendiadas. A crise fez o presidente Emmanual Macron convocar uma reunião de emergência. "As últimas horas foram marcadas por cenas de violência contra delegacias, mas também contra escolas, prefeituras e, portanto, contra as instituições da República. (Os atos) são injustificáveis", disse Macron ao reiterar que "nada justifica a morte de um homem", mas que a população precisa de calma.
A segunda noite de protestos violentos que explodiram na França após um policial matar um adolescente de origem argelina teve o saldo de 150 pessoas presas em decorrência de atos de vandalismo, incluindo escolas incendiadas. A crise fez o presidente Emmanual Macron convocar uma reunião de emergência. "As últimas horas foram marcadas por cenas de violência contra delegacias, mas também contra escolas, prefeituras e, portanto, contra as instituições da República. (Os atos) são injustificáveis", disse Macron ao reiterar que "nada justifica a morte de um homem", mas que a população precisa de calma.
Os protestos eclodiram após um agente matar a tiros Nahel, 17, que teria desobedecido ordens em uma abordagem de trânsito na terça-feira (27), em Nanterre, na região metropolitana de Paris. O caso, filmado por uma testemunha, viralizou nas redes sociais e provocou revolta.
No vídeo, dois policiais de capacete se aproximam da janela do motorista de um carro de luxo. Um deles aparentemente conversa com o adolescente, enquanto o outro aponta a arma. Após alguns segundos, o motorista acelera, ao que o policial armado reage atirando uma vez. Poucos metros à frente, sem direção, o Mercedes AMG sobe numa calçada e bate num poste. Nahel morreu uma hora depois.
Com efeito, milhares de pessoas foram às ruas em protesto. Na segunda noite de atos, nesta quarta (28), dezenas de carros e um ônibus foram incendiados em Grigny, a sudeste de Paris. Em Tourcoing, no norte, e Evreux, a 90 quilômetros a oeste de Paris, os manifestantes queimaram escolas e delegacias.
A polícia entrou em confronto com manifestantes na cidade de Lille, no norte, e em Toulouse, no sudoeste. Também houve agitação em Amiens, Dijon, e no departamento administrativo de Essonne. "Estamos cansados" e "Isto é por Nahel, nós somos Nahel", entoaram os manifestantes durante os atos.
Ao anunciar a prisão de 150 pessoas, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, criticou o que chamou de "atos de violência insuportáveis contra símbolos da República". Também repreendeu pessoas que, segundo ele, estimularam os protestos violentos. Nesta quinta (29), autoridades anunciaram que o policial que disparou contra o adolescente foi colocado sob investigação formal por homicídio voluntário.
Quarenta mil policiais serão mobilizados em toda a França na noite de quint, depois que os tumultos se espalharam pela França. "O Estado deve ser firme. Serão mobilizados 40 mil policiais esta noite, incluindo 5.000 na região de Paris, contra 9.000 ontem", disse Gerald Darmanin.