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Internacional

Relações Internacionais

- Publicada em 19 de Junho de 2023 às 12:44

Lula quer conversar com Papa Francisco soluções para conflito na Ucrânia

Desigualdade pelo mundo também será debatida com o papa Francisco. Segundo Lula, a perspectiva é que seja construída uma campanha mundial para abordar o tema

Desigualdade pelo mundo também será debatida com o papa Francisco. Segundo Lula, a perspectiva é que seja construída uma campanha mundial para abordar o tema


SERGIO LIMA/AFP/JC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (19) que vai discutir com o papa Francisco soluções para a guerra entre Rússia e Ucrânia. Lula embarca para Roma na noite desta segunda-feira (19), onde se encontrará com o pontífice, o presidente da Itália, Sergio Mattarella e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri."Ele está muito interessado em acabar a guerra da Ucrânia e da Rússia e eu também quero conversar com ele sobre essa questão da paz", afirmou, durante o programa semanal Conversa com presidente. A desigualdade pelo mundo também será debatida com o papa Francisco. Segundo Lula, a perspectiva é que seja construída uma campanha mundial para abordar o tema. "Quero usar o meu mandato de presidente da República para tentar criar uma consciência mundial de que não é explicável, a de nós não nos indignarmos contra a fome e contra a falta de comida em um planeta que produz mais comida do que consumimos", disse. "O problema não é de falta de produção, mas de distribuição. É de falta de dinheiro para comprar o alimento", acrescentou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (19) que vai discutir com o papa Francisco soluções para a guerra entre Rússia e Ucrânia. Lula embarca para Roma na noite desta segunda-feira (19), onde se encontrará com o pontífice, o presidente da Itália, Sergio Mattarella e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.

"Ele está muito interessado em acabar a guerra da Ucrânia e da Rússia e eu também quero conversar com ele sobre essa questão da paz", afirmou, durante o programa semanal Conversa com presidente.

A desigualdade pelo mundo também será debatida com o papa Francisco. Segundo Lula, a perspectiva é que seja construída uma campanha mundial para abordar o tema.

"Quero usar o meu mandato de presidente da República para tentar criar uma consciência mundial de que não é explicável, a de nós não nos indignarmos contra a fome e contra a falta de comida em um planeta que produz mais comida do que consumimos", disse. "O problema não é de falta de produção, mas de distribuição. É de falta de dinheiro para comprar o alimento", acrescentou.
LEIA MAIS: Papa Francisco deixa hospital "em melhor forma do que antes", diz médico 

Lula afirmou que convidará o pontífice para participar do Círio de Nazaré, uma das principais festas religiosas do país realizada anualmente, em Belém. 

Agenda internacional

Na quinta-feira (22), o presidente participará da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, em Paris. Entre os assuntos na agenda bilateral está a aprovação, na semana passada, pela Assembleia Nacional da França de uma resolução contra a ratificação do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. 

"Vou almoçar com [Emanuel] Macron [presidente da França]. Quero discutir a questão do parlamento francês que aprovou o endurecimento do acordo entre Mercosul e União Europeia. A União Europeia não pode tentar ameaçar o Mercosul de punir, se o Mercosul não cumprir isso ou aquilo. Se somos parceiros estratégicos, não se tem que fazer ameaças", afirmou. 

Ainda na capital francesa, Lula fará o discurso de encerramento do evento Power Our Planet, a convite da banda Coldplay. O evento será realizado no Campo de Marte, em frente à torre Eiffel.

"Vou participar de um evento público, na frente da torre Eiffel, convocado pelo pessoal do Coldplay para fazer um ato público com vários dirigentes políticos, vários artistas. Eu serei o orador final desse encontro para falar da questão ambiental", explicou. 

Transição energética

Lula afirmou que pretende chamar atenção do mundo à questão energética e mostrar que, no Brasil, 87% da energia elétrica é renovável.

"O mundo tem 27% [de energia elétrica renovável]. Da nossa matriz energética como um todo, envolvendo combustível, 50% é limpa e renovável. O restante do mundo só tem 15%. Então, pelo amor de Deus, ao invés de criticar o Brasil, se espelhem no Brasil, porque agora nós vamos fazer muito mais", disse.

O presidente afirmou que o país tem potencial de investimentos em novas fontes de energia, como hidrogênio verde, gerado por energia renovável ou por energia de baixo carbono.

"Vamos investir muito em [energia] eólica, energia solar, vamos continuar investindo em biomassa e agora vamos investir muito em hidrogênio verde porque o mundo está necessitando e o Brasil pode produzir e exportar hidrogênio verde para o mundo inteiro. O país já é o centro do mundo quando se discute a questão da transição energética, de uma nova matriz energética", afirmou.