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Internacional

Guerra na Ucrânia

- Publicada em 13 de Junho de 2023 às 18:09

EUA correm para repor blindados perdidos pela Ucrânia

Krivvi Rih, cidade natal do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, foi alvo de um forte ataque sangrento

Krivvi Rih, cidade natal do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, foi alvo de um forte ataque sangrento


AFP/JC
O ritmo de perda dos novos tanques e blindados doados pelos Estados Unidos e seus aliados para a contraofensiva em curso da Ucrânia alarmou os estrategistas ocidentais. O Pentágono deverá anunciar nesta terça (13) um reforço no envio desse tipo de armamentos.
O ritmo de perda dos novos tanques e blindados doados pelos Estados Unidos e seus aliados para a contraofensiva em curso da Ucrânia alarmou os estrategistas ocidentais. O Pentágono deverá anunciar nesta terça (13) um reforço no envio desse tipo de armamentos.
Apenas na primeira semana da ofensiva, iniciada no dia 4 deste mês, Kiev perdeu 14% dos mais avançados tanques que recebeu, o Leopard-2A6 alemão, e outros 14% dos veículos blindados de infantaria americanos Bradley.
Os dados são do site holandês de monitoramento Oryx, que só trabalha com imagens públicas e que podem ser georreferenciadas. Ou seja, o número pode ser bem maior que os três tanques e 16 blindados registrados até esta manhã.
Segundo o Pentágono informou a repórteres, o anúncio que deve ser feito nesta terça incluirá "algumas dezenas" de Bradley e do blindado sobre rodas Stryker, somando US$ 325 milhões (R$ 1,5 bilhão).
Por óbvio, numericamente as perdas não são altas, mas o ritmo preocupa os aliados de Kiev porque a contraofensiva ainda não chegou a um ponto de alta pressão. Por ora, os ucranianos estão testando diversos pontos da frente de 1.000 km defendida pelos russos em território ocupado, principalmente em Zaporíjia (Sul) e Donetsk (Leste).
Kiev ainda espera que os EUA transfiram os prometidos tanques pesados Abrams, mas isso é incerto - embora o Wall Street Journal tenha publicado reportagem dizendo que eles irão com munições de urânio empobrecido.
Enquanto isso, a Rússia, que segundo o Oryx perdeu o equivalente a 2/3 de sua frota de tanques modernos, aproveita para fazer propaganda. Na terça, o Ministério da Defesa divulgou imagens de soldados em torno de Leopard-2 e Bradley destruídos e abandonados, dizendo: "Esses são nossos troféus".
Cada lado segue dando sua versão, concordando apenas que os combates estão intensos. Os russos dizem que repeliram ataques ucranianos e o exército de blogueiros com conexões nas suas Forças Armadas diz agora que Kiev perdeu parte das conquistas marginais que teve nos últimos dias.
Já a Ucrânia diz que reforçou as posições nos sete vilarejos que tomou ao longo do fim de semana até a segunda-feira. A contraofensiva matou, segundo informações de analistas militares e o general russo Serguei Goriatchev em Donetsk. Ele é o quinto militar de tal patente a ser morto na guerra, e o primeiro neste ano, mas os detalhes sobre o incidente ainda são obscuros.
Mais aferível, contudo, foi o estrago feito pela Rússia no campo em que reina sozinha, a dos ataques aéreos de longa distância com mísseis de cruzeiro. Nada menos que sete bombardeiros pesados Tu-95MS voaram até o mar Cáspio para disparar uma barragem de 14 modelos Kh-101.
O alvo principal foi Krivvi Rih, cidade natal do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky. O saldo foi sangrento: ao menos quatro pessoas morreram em um prédio residencial atingido e outras sete, num depósito bombardeado. Os russos afirmam ter mirado alvos militares, e os ucranianos dizem ter derrubado 10 dos 14 mísseis.