Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Alberto Fernández, vão se reunir pela quinta vez neste ano. Os governos dos dois países trabalham na organização de uma visita de Estado de Fernández a Brasília, no dia 26 de junho.
Essa será a quarta viagem do presidente argentino à capital brasileira, num intervalo de seis meses. Envolto em uma crise econômica e de popularidade, o presidente argentino desistiu de concorrer à reeleição, mas discute com Lula formas de apoio para reação do governante de esquerda.
A visita de Estado ocorrerá dois dias depois do prazo para confirmação dos candidatos presidente que disputarão o comando da Casa Rosada. O atual embaixador argentino em Brasília, Daniel Scioli, é pré-candidato. Lula já manifestou preocupação com o favoritismo do deputado de extrema-direita Javier Milei.
O governo brasileiro já pediu aos ministérios com temas relacionados à agenda bilateral para prepararem relatórios da evolução dos trabalhos. Lula e Fernández devem revisar os 84 pontos da declaração conjunta do primeiro encontro entre eles, em janeiro, em Buenos Aires.
Dois temas agregados mais recentemente foram o apoio do Brasil com financiamento de empresas nacionais que são exportadoras de bens e serviços para a Argentina, além do ingresso do país como integrante do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco dos Brics. A instituição está em expansão.
A ideia é que Fernández visite autoridades da cúpula dos três poderes em Brasília, entre eles o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber.