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Cristina Kirchner confirma que não será candidata à presidência da Argentina
Com cenário eleitoral incerto, nomes como Javier Mile e Patricia Bullrich despontam como possíveis candidatos
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou em uma carta pública que não irá se candidatar à presidência nas eleições de outubro. Ela já havia dado declarações neste sentido e confirmou a expectativa na terça-feira (16).
Na carta, Cristina se diz vítima de uma perseguição judicial-midiática que resultou em um atentado contra ela em setembro do ano passado e na condenação por corrupção em dezembro. Ela acusa os juízes de quererem enfraquecer o peronismo através da justiça.
Desde que foi acusada no ano passado pelos crimes de administração fraudulenta e prejuízo à administração pública na concessão de contratos supostamente fraudulentos para execução de obras públicas enquanto era presidente do país, entre 2007 e 2015, Cristina dava sinais de que não ia se candidatar.
O país vive uma grave crise econômica, com inflação acima de 100% e desemprego em alta, e de violência. Segundo uma pesquisa divulgada no fim de abril pelo jornal Clarín e feita pela Reale Dalla Torre Consultores, o aumento do custo de vida é a principal causa de preocupação para os argentinos na eleição deste ano, citada por 80% dos entrevistados. Logo em seguida vem a segurança pública, com 60%.