Rússia agora culpa EUA por suposto ataque ao Kremlin, de novo sem evidências

Após alegar, sem evidências, que a Ucrânia estaria por trás de um suposto ataque com drone ao Kremlin, a Rússia voltou suas acusações para os Estados Unidos.

Por Folhapress

A "No Drone Zone" sign sits just off the Kremlin in central Moscow as it prohibits unmanned aerial vehicles (drones) flying over the area, on May 3, 2023. - Moscow's mayor on May 3, 2023 announced a ban on unauthorised drone flights over the Russian capital, just as the Kremlin said it had shot down two Ukrainian drones targeting President Vladimir Putin. (Photo by NATALIA KOLESNIKOVA / AFP)
Após alegar, sem evidências, que a Ucrânia estaria por trás de um suposto ataque com drone ao Kremlin com o objetivo de assassinar o presidente Vladimir Putin na quarta-feira (3), a Rússia voltou suas acusações para os Estados Unidos.
Em encontro regular com a imprensa nesta quinta-feira (4), o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, afirmou que a Casa Branca "sem dúvidas" estava por trás do atentado, acrescentando, ainda sem apresentar provas, que "decisões acerca de ações do tipo não são feitas em Kiev, mas em Washington".
Os EUA refutaram as alegações horas depois. Em entrevista à rede MSNBC, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do país, John Kirby, disse não só que as declarações eram falsas, como Washington não encoraja Kiev a promover ofensivas para além de suas fronteiras.
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A troca de acusações ainda se dá em um momento de escalada da guerra, causada pela expectativa de uma contraofensiva ucraniana iminente. Desde a semana passada, ataques aéreos em ambos os territórios têm sido cada vez mais frequentes.
Na madrugada desta quinta, a Rússia voltou a disparar drones e mísseis contra o território invadido segundo o Exército ucraniano, atingindo a capital, Kiev, e também um campus universitário em Odessa, cidade portuária no Mar Negro. Bombardeios na região de Donetsk danificaram uma usina elétrica, informou o Ministério da Energia. Não houve registros de vítimas.