Militantes palestinos dispararam centenas de foguetes da Faixa de Gaza contra Israel na última quarta-feira (10), após Israel lançar uma série de ataques aéreos que mataram mais de 20 palestinos, incluindo três membros da Jihad Islâmica. O Egito, tradicional mediador do conflito, trabalha para obter um cessar-fogo que coloque fim à escalada, a mais grave entre grupos palestinos de Gaza e Israel desde agosto de 2022.
Apesar dos esforços egípcios, novos disparos foram feitos a partir de Gaza no fim da noite do horário local (meio da tarde de Brasília). "A resistência palestina continua atacando as cidades israelenses”, afirmaram as Brigadas al-Qods, braço armado da Jihad Islâmica. Estas declarações respondem ao primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que afirmou em pronunciamento na TV: "Estamos no meio da campanha contra a Jihad Islâmica".
No início desta quinta-feira (11), militares israelenses confirmaram a morte Ali Ghali, comandante da unidade de lançamento de foguetes, no bombardeio ao Sul da Faixa de Gaza. Segundo eles, o objetivo era justamente matar Ali Ghali, que estava escondido em um apartamento em Khan Younis. Outros dois militantes do grupo foram mortos no mesmo ataque aéreo. Não houve comentários do grupo.
Desde o primeiro lançamento de foguetes, no começo da tarde, sirenes de alerta soaram nas localidades israelenses em torno da Faixa de Gaza, mas também em Beersheba, ao Leste, e Tel-Aviv, ao Norte. Sirenes de ataques aéreos soaram a cerca de 80 quilômetros de distância de Gaza. Os moradores estavam se preparando para um ataque desde que Israel lançou seus primeiros foguetes na terça-feira.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, relatou mais de 400 lançamentos de foguetes a partir de Gaza. "Nenhum civil israelense foi ferido", afirmou Netanyahu, que pediu às pessoas nas áreas de fronteira com Gaza que permaneçam em abrigos, já que alguns foguetes causaram danos materiais.