O Exército de Israel bombardeou pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (10) alvos na Faixa de Gaza, em operação que matou pelo menos uma pessoa e deixou outra ferida. Na véspera, 15 pessoas foram mortas na região, e o governo de Binyamin Netanyahu chegou a falar em conflito prolongado.
Os militares israelenses informaram que a operação desta quarta teve como alvo locais de lançamentos de foguetes usados pelo Jihad Islâmico, grupo considerado terrorista por Israel, União Europeia e EUA. Testemunhas relataram explosões em várias regiões de Gaza, de norte a sul.
A ação é mais um capítulo na escalada recente dos combates em Gaza. Na terça (9), Israel matou três líderes do Jihad Islâmico na região: Yihad Ghannam, comandante das Brigadas Al Quds em Gaza; Khalil al Bahtini, comandante para o norte do território; e Tareq Ezzedine, comandante de ação militar do movimento na Cisjordânia ocupada. Além dos militares, outros dez civis, incluindo crianças, também foram mortos, de acordo com o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas.
"Não temos a intenção de esperar até que eles lancem [foguetes]", disse na terça o ministro do gabinete de segurança israelense, Avi Dichter, à rádio israelense Kan. "Se os lançamentos puderem ser evitados ou interrompidos, se as equipes de lançamento puderem ser atingidas, tudo isso acaba criando dissuasão."
O Jihad Islâmico voltou a prometer vingança. Mais tarde, foguetes foram disparados contra a região sul de Israel -o sistema de defesa Redoma de Ferro foi acionado, e não há informações sobre vítimas ou danos.
"A resistência decide o momento da retaliação de acordo com suas táticas e cálculos, porque vemos que a resposta deve corresponder ao tamanho do crime", disse Dawoud Shehab, porta-voz do Jihad Islâmico, antes dos primeiros foguetes serem disparados contra Israel.
O Jihad Islâmico voltou a prometer vingança. Mais tarde, foguetes foram disparados contra a região sul de Israel -o sistema de defesa Redoma de Ferro foi acionado, e não há informações sobre vítimas ou danos.
"A resistência decide o momento da retaliação de acordo com suas táticas e cálculos, porque vemos que a resposta deve corresponder ao tamanho do crime", disse Dawoud Shehab, porta-voz do Jihad Islâmico, antes dos primeiros foguetes serem disparados contra Israel.
Diante da crise, militares israelenses reforçaram a orientação para que os moradores da região da fronteira com a Palestina fiquem perto de abrigos antiaéreos pelos próximos dias. Em Gaza, comércios e escolas permanecem fechados, e autoridades controlam o trânsito na região. Organizações relatam bloqueios que impedem a circulação de mercadorias, combustível e ajuda humanitária e dificultam o trânsito de pacientes que precisam de tratamento em hospitais da Cisjordânia e de Israel.
As tensões na região aumentaram após a morte, na última semana, de Khader Adnan, outro líder do Jihad Islâmico, por greve de fome. Ele estava preso sob a custódia de Israel e era acusado de incentivar verbalmente a violência. Autoridades israelenses afirmam que o militante havia recusado consultas médicas e tratamento, mas organizações de direitos humanos dizem que a morte poderia ter sido evitada.
Na época, o Jihad Islâmico jurou vingança pelo palestino e disparou foguetes em direção a Israel, em ação que não deixou vítimas. Diante de ameaças de retaliação, Bibi, como o primeiro-ministro israelense é conhecido, disse que o país está "pronto para qualquer possibilidade" e preparado para repelir eventuais ataques contra seu território. "Aconselho nossos inimigos: não mexam conosco", disse.
A situação tem potencial para escalar a violência regional, como reconheceu o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Gaza é controlada pelo Hamas, grupo militante islâmico que por vezes age em conjunto com o Jihad Islâmico. Analistas alertam que os episódios recentes podem escalar os combates na região, caso as duas organizações decidam intensificar as ações coordenadas contra Israel.
Folhapress