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Migrantes são o futuro da economia global, diz Banco Mundial
Países ricos precisarão de trabalhadores estrangeiros para manter suas receitas
A preocupação crescente em torno da demografia mundial, com alguns países em acelerado processo de envelhecimento e outros em explosão populacional, é pano de fundo de um estudo divulgado pelo Banco Mundial nesta terça-feira (25) para alertar sobre a importância da migração para o crescimento econômico global.
Na contramão de políticas que, dos EUA à Europa, fecham as portas para imigrantes e refugiados, o relatório da autoridade econômica afirma que, mais cedo ou mais tarde, todos os países terão de gerir bem essa área para acolher melhor os migrantes.
Segundo o material, há hoje 184 milhões de migrantes no mundo - ou 2,3% da população global de 8 bilhões de habitantes. A cifra engloba tanto os migrantes tidos como econômicos, que emigram de seus países em busca de melhores condições de vida, quanto os refugiados.
Por trás do número, há uma reconhecida notificação. Como muitos imigram de maneira ilegal, sem documentos ou permissões necessárias, a conta fica abaixo do número real de migrantes. E os destinos são diversos. Ao menos 40% vivem hoje em países de alta renda da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um dos grupos que o Brasil almeja integrar. Já 43% dos migrantes estão em países de baixa ou média renda.
O volume do movimento migratório se manteve estável desde a segunda metade do século 20, mas o estudo do Banco Mundial lembra que a velocidade da migração no mundo foi três vezes mais rápida do que o crescimento populacional observado nos países de alta renda.