Um documento do Pentágono vazado recentemente mostra que a China desenvolveu um drone espião supersônico, capaz de se deslocar com uma rapidez equivalente a pelo menos três vezes a velocidade do som. A informação foi revelada pelo jornal norte-americano Washington Post - nem o Departamento de Defesa dos Estados Unidos nem o regime chinês responderam aos pedidos de comentários do veículo.
A origem do dado é um arquivo da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial pertencente a um conjunto de mais de cem papéis sigilosos do Exército norte-americano divulgado nas redes sociais nas últimas semanas. Segundo o Post, ele exibe imagens de satélite datadas de 9 de agosto que mostram dois drones de reconhecimento W-Z8 em uma base aérea no leste chinês, a cerca de 560 quilômetros de Xangai.
A base é administrada pelo Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular, responsável por supervisionar operações militares em Taiwan - um dos maiores focos de tensão das relações sino-americanas nos últimos tempos. Pequim considera Taipé uma província rebelde e parte inalienável de seu território. Já Washington é um de seus maiores aliados estrangeiros e principal fornecedor de armas, ainda que não mantenha laços diplomáticos formais com a ilha.
Segundo o Washington Post, o modelo de drone descrito no arquivo foi apresentado pela primeira vez em 2019, durante o desfile militar que comemorava os 70 anos da fundação do regime comunista na Praça da Paz Celestial, em Pequim. Então, poucos analistas o considerava totalmente funcional. Especialistas afirmam que o mais preocupante não são os perigos que os drones podem representar para Taiwan, mas sim para os navios e bases militares dos EUA na área do Pacífico.
Folhapress