Israel voltou a bombardear o sul do Líbano e a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (7), três dias depois de uma operação da polícia na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, que aumentou a tensão entre o país, seus vizinhos e grupos militantes muçulmanos, como o Hamas e o Hezbollah. Na Cisjordânia, um palestino matou duas israelenses e deixou uma gravemente ferida em um atentado.
A onda de violência ocorre em meio a três feriados importantes das maiores regiões monoteístas dos planetas: a Páscoa, o Pessach (a Páscoa Judaica) e o Ramadã.
A crise detonada pela operação na mesquita ocorre uma semana depois de o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, desistir de pôr em votação uma reforma do sistema judicial que levou milhares de pessoas a protestar em Israel por enfraquecer a democracia do país. Netanyahu vinha enfrentado resistência dentro do Exército e de sua própria coalizão ao projeto de lei.
Pressionado dentro da coalizão de extrema direita ao retirar a votação, o premiê concordou em dar mais poder ao Ministro do Interior, Itamar Ben-Gvir, um ultranacionalista que supervisiona os serviços de segurança em Israel e defende uma menor autonomia do Judiciário no país.
Na Cisjordânia, dois homens armados abriram fogo contra um veículo com três mulheres israelenses. Duas morreram no local e uma foi levada para o hospital.
O veículo foi atacado na passagem de Hamra, ao norte do vale do rio Jordão, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.
O Exército israelense afirmou que bloqueou as estradas na área e iniciou as operações para encontrar os terroristas que abriram fogo contra o veículo.
Ataques ao Líbano
A situação já estava tensa desde a quinta-feira (6), dia da Páscoa Judaica, quando militantes palestinos dispararam do Líbano cerca de 30 foguetes contra o norte de Israel, na maior escalada de violência na região desde a guerra de 2006.
Em resposta, as Forças Armadas de Israel bombardearam posições do Hezbollah no sul do Líbano no fim da noite e começo da madrugada desta sexta. Explosões atingiram a cidade de Tiro, perto de campos de refugiados palestinos. Ainda não há relatos de vítimas.
O Ministério de Relações Exteriores do Líbano prometeu apresentar uma queixa às Nações Unidas contra os ataques israelenses, considerados por Beirute uma violação da soberania libanesa.
Segundo a chancelaria, os bombardeios violam uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que encerrou uma guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.
O major-general Aroldo Lázaro, comandante militar da missão de paz da ONU no Líbano, disse na sexta-feira que os bombardeios arriscam uma escalada grave no conflito. Ele afirmou que estava em contato com as autoridades libanesas e israelenses, ambas tentando evitar uma guerra.
Mobilização de tropas e ataques a Gaza
O Exército de Israel anunciou pela manhã o envio de brigadas de infantaria para o norte e o sul do país. O porta-voz Daniel Hagari acusou o Hamas pelos disparos no Líbano e também por foguetes lançados da Faixa de Gaza contra o sul de Israel.
No enclave palestino, houve ataques pontuais a túneis e locais de produção de armas do Hamas. Na cidade de Gaza, um hospital infantil também foi atingido pelas bombas israelenses, sem deixar vítimas.
"O ataque disseminou medo entre a equipe médica, os pacientes e seus familiares", disse o ministério da Saúde de Gaza, em nota. "Instituições de saúde estão protegidas pela Convenção de Genebra."
O Hamas condenou os ataques. "Israel será responsabilizado por uma agressão tão grave, disse o grupo em comunicado.
Netanyahu, por sua vez, também prometeu contra-atacar. "Golpearemos os nossos inimigos. Eles pagarão o preço por cada agressão", disse o premiê em nota.
Tensão religiosa em Jerusalém
Nesta sexta, dia sagrado de oração para os muçulmanos, a Mesquita de Al-Aqsa amanheceu lotada, com um forte esquema de segurança e sob forte tensão.
Na cidade velha de Jerusalém, a procissão cristã da Sexta-Feira Santa ocorreu sem maiores problemas e fiéis acenderam velas na Igreja do Santo Sepulcro.
A onda de violência ocorre em meio a três feriados importantes das maiores regiões monoteístas dos planetas: a Páscoa, o Pessach (a Páscoa Judaica) e o Ramadã.
A crise detonada pela operação na mesquita ocorre uma semana depois de o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, desistir de pôr em votação uma reforma do sistema judicial que levou milhares de pessoas a protestar em Israel por enfraquecer a democracia do país. Netanyahu vinha enfrentado resistência dentro do Exército e de sua própria coalizão ao projeto de lei.
Pressionado dentro da coalizão de extrema direita ao retirar a votação, o premiê concordou em dar mais poder ao Ministro do Interior, Itamar Ben-Gvir, um ultranacionalista que supervisiona os serviços de segurança em Israel e defende uma menor autonomia do Judiciário no país.
Na Cisjordânia, dois homens armados abriram fogo contra um veículo com três mulheres israelenses. Duas morreram no local e uma foi levada para o hospital.
O veículo foi atacado na passagem de Hamra, ao norte do vale do rio Jordão, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.
O Exército israelense afirmou que bloqueou as estradas na área e iniciou as operações para encontrar os terroristas que abriram fogo contra o veículo.
Ataques ao Líbano
A situação já estava tensa desde a quinta-feira (6), dia da Páscoa Judaica, quando militantes palestinos dispararam do Líbano cerca de 30 foguetes contra o norte de Israel, na maior escalada de violência na região desde a guerra de 2006.
Em resposta, as Forças Armadas de Israel bombardearam posições do Hezbollah no sul do Líbano no fim da noite e começo da madrugada desta sexta. Explosões atingiram a cidade de Tiro, perto de campos de refugiados palestinos. Ainda não há relatos de vítimas.
O Ministério de Relações Exteriores do Líbano prometeu apresentar uma queixa às Nações Unidas contra os ataques israelenses, considerados por Beirute uma violação da soberania libanesa.
Segundo a chancelaria, os bombardeios violam uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que encerrou uma guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.
O major-general Aroldo Lázaro, comandante militar da missão de paz da ONU no Líbano, disse na sexta-feira que os bombardeios arriscam uma escalada grave no conflito. Ele afirmou que estava em contato com as autoridades libanesas e israelenses, ambas tentando evitar uma guerra.
Mobilização de tropas e ataques a Gaza
O Exército de Israel anunciou pela manhã o envio de brigadas de infantaria para o norte e o sul do país. O porta-voz Daniel Hagari acusou o Hamas pelos disparos no Líbano e também por foguetes lançados da Faixa de Gaza contra o sul de Israel.
No enclave palestino, houve ataques pontuais a túneis e locais de produção de armas do Hamas. Na cidade de Gaza, um hospital infantil também foi atingido pelas bombas israelenses, sem deixar vítimas.
"O ataque disseminou medo entre a equipe médica, os pacientes e seus familiares", disse o ministério da Saúde de Gaza, em nota. "Instituições de saúde estão protegidas pela Convenção de Genebra."
O Hamas condenou os ataques. "Israel será responsabilizado por uma agressão tão grave, disse o grupo em comunicado.
Netanyahu, por sua vez, também prometeu contra-atacar. "Golpearemos os nossos inimigos. Eles pagarão o preço por cada agressão", disse o premiê em nota.
Tensão religiosa em Jerusalém
Nesta sexta, dia sagrado de oração para os muçulmanos, a Mesquita de Al-Aqsa amanheceu lotada, com um forte esquema de segurança e sob forte tensão.
Na cidade velha de Jerusalém, a procissão cristã da Sexta-Feira Santa ocorreu sem maiores problemas e fiéis acenderam velas na Igreja do Santo Sepulcro.
Agência Estado, com agências internacionais