Protestos não vão impedir reformas na França, diz Macron

França convive com greves e manifestações desde janeiro, quando o governo apresentou um projeto com novas regras para a Previdência

Por Folhapress

Macron foi recebido por dezenas de manifestantes em Savines-le-Lac
As manifestações que têm tomado as ruas da França não vão impedir a reforma da Previdência e outras mudanças políticas, afirmou o presidente Emmanuel Macron nesta quinta-feira. "Protestos são normais", disse ele, mas "nada justifica a violência em uma sociedade democrática".
O país europeu convive com uma série de greves e outras formas de manifestação desde janeiro, quando a primeira-ministra Elisabeth Borne apresentou um projeto com novas regras para a Previdência, que, entre outras medidas, aumenta a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos.
Na última terça-feira, os protestos reuniram em torno de 750 mil pessoas em cerca de 200 cidades, segundo o Ministério do Interior. Na quinta passada, havia cerca de 1 milhão nas ruas.
Nesta quinta, Macron foi recebido em Savines-le-Lac, nos Alpes, por dezenas de manifestantes indignados com as mudanças na aposentadoria. Um dos cartazes exibidos no protesto pedia a renúncia do presidente; em outro, lia-se: "Pegue sua aposentadoria, não a nossa". Segundo a mídia local, dois manifestantes foram presos.
Nos últimos dias, os protestos foram marcados pela presença de um grande efetivo policial, ação adotada depois da
O plano pretende economizar 10% da água até 2030 em diversos setores, como energia, indústria, turismo e agricultura. Entre outras medidas, cria um mecanismo para verificar o consumo em tempo real.