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Internacional

Coreia do Norte

- Publicada em 24 de Março de 2023 às 17:53

Coreia do Norte testa drone submarino capaz de fazer 'tsunami radioativo'

Nesta quinta (24), uma ogiva de teste foi detonada ao largo da costa leste da Coreia do Norte

Nesta quinta (24), uma ogiva de teste foi detonada ao largo da costa leste da Coreia do Norte


STR/KCNA VIA KNS/AFP/JC
Um drone submarino de ataque nuclear capaz de "provocar um tsunami radioativo em larga escala" é a nova arma da Coreia do Norte testada nesta semana. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (24), noite de quinta (23) no Brasil, pela a agência estatal de notícias KCNA.
Um drone submarino de ataque nuclear capaz de "provocar um tsunami radioativo em larga escala" é a nova arma da Coreia do Norte testada nesta semana. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (24), noite de quinta (23) no Brasil, pela a agência estatal de notícias KCNA.
O teste ocorreu em resposta aos exercícios militares conjuntos de EUA e Coreia do Sul. Desde a semana passada, as potências aliadas vêm realizando treinamentos que figuram como os maiores entre as nações nos últimos cinco anos para fortalecer as capacidades de defesa e resposta dos países.
Segundo a KCNA, a "arma secreta" de Pyongyang, apelidada de "Haeil" - tsunami -, foi colocada sob a água em frente à província de Hamgyon do Sul na última terça (21). Ela teria navegado debaixo d'água a uma profundidade de 80 a 150 metros por mais de dois dias. Nesta quinta, uma ogiva de teste foi detonada ao largo da costa leste. "Esse drone de ataque submarino pode ser implantado em qualquer costa e porto, ou ser rebocado por um navio de superfície para o seu funcionamento", reportou a agência, reforçando a capacidade do equipamento de fazer ataques furtivos em águas inimigas.
Não se sabe se a Coreia do Norte desenvolveu ogivas nucleares miniaturizadas para caber em armas menores. Aperfeiçoar essas ogivas, segundo analistas, provavelmente seria um objetivo importante caso o país retome os testes nucleares.
A tensão na região se acentuou com demonstrações de força militar das três nações envolvidas. A Coreia do Norte diz que os exercícios realizados pelos sul-coreanos e pelos norte-americanos são uma preparação para invasão e afirma considerar que as potências estão levando a situação na península a um "ponto irreversivelmente perigoso". Os movimentos, ressalta o regime de Kim Jong-un, exigem que o país "se prepare para uma guerra total e reforce sua força nuclear, tanto em qualidade como em quantidade".
A Coreia do Sul e os EUA dizem que os exercícios concluídos nesta quinta são puramente defensivos. Os aliados, que ainda estão em treinamentos de campo, classificaram os testes norte-coreanos como desestabilizadores e disseram que são uma violação das sanções da ONU. Já a Coreia do Norte afirmou que os últimos testes de armas e exercícios não tiveram impacto negativo na segurança dos países vizinhos.
O regime havia realizado lançamento de mísseis de cruzeiro nesta quarta (22), informação divulgada por relatórios sul-coreanos e confirmada pela KCNA. Os exercícios, disse a agência, eram necessários para praticar missões de ataque nuclear tático.