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Fim das restrições na China cria corrida para sair do país
Por outro lado, países como o Japão, Coreia do Sul e Itália reforçam o controle para a entrada de chineses
Momentos depois que a China anunciou a reabertura de fronteiras para viagens internacionais pela primeira vez em quase três anos, as vendas de passagens aéreas para fora do país dispararam, com chineses aproveitando a chance de deixar para trás as restrições sufocantes da política de Covid zero.
No topo da lista de desejos estavam os destinos regionais a uma curta distância, os favoritos sendo: Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong e Japão. As reservas mais do que triplicaram em relação ao dia anterior, mostram dados da empresa de viagens Grupo Trip.com.
Se não estão reservando passagens, os clientes estão colocando sua papelada em ordem, aproveitando o retorno da emissão de passaportes. "O número de pessoas que solicitam vistos nas embaixadas aumentou bastante assim que souberam que a quarentena no retorno não era mais necessária", afirmou Kang Yingzhang, que trabalha no China Comfort Travel Group, em Pequim.
A decisão de encerrar a quarentena para todas as chegadas - incluindo cidadãos chineses voltando para casa - e eliminar a maioria dos requisitos para testes a partir 8 de janeiro, removeu o último grande esforço remanescente de Pequim para erradicar o vírus e as variantes Omicron.
Ao mesmo tempo, isso significa que a China - como a maioria das grandes economias - não está mais tentando conter surtos dentro de suas fronteiras, reacendendo os temores de que poderia exportar novas cepas.
Em resposta, mais países estão endurecendo as regras para viajantes da China. Japão, Itália e Coreia do Sul tornaram mais restritivas regras para comprovar que os passageiros não estão infectados, por meio de apresentação de testes ao desembarcar nos aeroportos.
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, por exemplo, anunciou nesta terça-feira (27), que o Japão reforçará os controles fronteiriços contra a covid-19 e exigirá testes negativos de todos os visitantes vindos da China a partir da próxima sexta-feira (30), como medida de emergência temporária ante o aumento de contágios em solo chinês.