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Kamala visita fronteira das Coreias e endurece discurso dos EUA contra Pyongyang
Em um giro pela Ásia, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, esteve na Coreia do Sul nesta quinta (29) e subiu o tom contra o regime da vizinha Coreia do Norte
Em um giro pela Ásia, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, esteve na Coreia do Sul nesta quinta (29) e subiu o tom contra o regime da vizinha Coreia do Norte. "Um país com uma ditadura brutal, um programa ilegal de armas e violações de direitos humanos", disse ao se referir à ditadura liderada por Kim Jong-un.
Kamala esteve na zona desmilitarizada que divide os dois países - com extensão de mais de 240 quilômetros, a área foi criada na década de 1950. Quando esteve no país em maio, o presidente Joe Biden não foi à região por temores da Casa Branca de que Pyongyang realizasse novos lançamentos de mísseis.
O motivo por trás da cautela de Washington ocorreu agora, durante a visita da vice. Segundo Seul e Tóquio, o regime norte-coreano disparou dois mísseis balísticos pouco após a partida de Kamala, no que seria o terceiro lançamento em menos de uma semana.
Na zona desmilitarizada, a vice de Biden observou com binóculos o terreno fronteiriço norte-coreano e recebeu informações de soldados sul-coreanos e norte-americanos. A jornalistas, disse que a região seria uma prova dos padrões "dramaticamente diferentes" que dividem as duas Coreias. E seguiu: "Os EUA e o mundo buscam uma península da Coreia estável e pacífica, na qual a Coreia do Norte não seja mais uma ameaça". Ao jornal The New York Times, deu declarações que expressam o estreitamento de laços com Seul. "Seguiremos com nossos aliados."
Fotos do momento mostram a presença de guardas norte-coreanos com roupas de proteção do outro lado da zona desmilitarizada observando a visita da vice-presidente, que ocorre em meio a temores de que Pyongyang realize um novo teste nuclear. Seul diz que a ditadura vizinha encerrou as preparações para o que seria o sétimo teste do tipo - o último foi realizado em 2017.
Kamala teve conversas com o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, empossado em maio. Declarações posteriores dos dois governos trazem críticas à retórica nuclear e ao salto no número de exercícios com mísseis realizados pela Coreia do Norte. "Os líderes discutiram uma resposta conjunta a potenciais futuras provocações, incluindo ações em cooperação com o Japão", dizia um comunicado da Casa Branca. Kamala também falou sobre o "forte compromisso com a Coreia do Sul". "Nosso comprometimento é apoiado por todas as capacidades militares dos EUA." Os dois parceiros querem "a desnuclearização completa da península coreana", mas estão "preparados para enfrentar empecilhos", seguiu.
Kamala chegou a Seul depois de acompanhar, em Tóquio, o funeral de Estado do ex-premiê do Japão Shinzo Abe, assassinado no início de julho durante um ato de campanha na cidade de Nara.