O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, prometeu que seu governo não permitirá que os cidadãos do país congelem ou fiquem incapazes de pagar suas contas de energia, mas reconheceu, nesta quinta-feira (11), que Berlim enfrenta consideráveis desafios nos próximos meses.
A alta dos preços de combustíveis, deflagrada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, prejudicou as finanças de muitos na Alemanha e em outras partes da Europa, gerando temores sobre futuros transtornos durante o inverno local. "Faremos tudo o que for possível para ajudar os cidadãos a superar esse período difícil", disse Scholz a repórteres, durante coletiva de imprensa anual de verão, em Berlim.
Scholz citou inúmeras medidas que o governo alemão já adotou para aliviar as dificuldades financeiras das famílias e assegurar fontes de energia alternativas para substituir o petróleo, carvão e gás natural fornecidos pela Rússia. Ao ser perguntado se temia que a frustração pudesse desencadear protestos violentos, Scholz respondeu: "não acredito que haverá tumultos...neste país". Ele também citou a forte tradição da Alemanha no que diz respeito ao bem-estar social.
Scholz, porém, admitiu que haverá "muitas demandas" durante o inverno, à medida que a Alemanha tenta reconciliar escassez de energia com planos de longa data para reduzir gradualmente o uso de energia nuclear e de combustíveis fósseis.
O governo alemão deu às empresas de serviços públicos luz verde para reativar usinas de petróleo e carvão, como parte de esforços para reduzir a dependência do país do gás natural russo. Scholz disse também que Berlim está considerando estender a vida útil das três últimas usinas nucleares do país além do fim do ano.