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Guerra na Ucrânia

- Publicada em 07 de Abril de 2022 às 08:47

Sem citar Rússia, Brasil fala em consternação por violência contra civis em Bucha

O texto expressa que o governo "recebeu, com grande consternação, as notícias e imagens de violência contra civis e de elevado número de mortos"

O texto expressa que o governo "recebeu, com grande consternação, as notícias e imagens de violência contra civis e de elevado número de mortos"


RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na noite desta quarta-feira (6) prestando solidariedade ao povo ucraniano e às famílias das vítimas encontradas em Bucha no último fim de semana.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na noite desta quarta-feira (6) prestando solidariedade ao povo ucraniano e às famílias das vítimas encontradas em Bucha no último fim de semana.
O texto expressa que o governo "recebeu, com grande consternação, as notícias e imagens de violência contra civis e de elevado número de mortos". Ao também destacar que muitos dos corpos tinham sinais de tortura e maus-tratos, o Itamaraty na nota "reitera o chamado à proteção de civis e ao pleno respeito ao Direito Internacional Humanitário".
Nos quatro parágrafos, o comunicado não cita a Rússia nenhuma vez -a Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam as tropas de Moscou de serem responsáveis pela morte das pessoas deixadas nas ruas na cidade próxima a Kiev; nesta quarta, novas sanções foram impostas, com o episódio de Butcha mencionado entre as motivações, por exemplo, dos EUA.
Autoridades russas negam participação dos soldados do país nos óbitos. A alegação é de que as imagens foram falsificadas para justamente culpar Moscou. O Brasil, ainda que tenha votado a favor de resoluções contra o regime de Vladimir Putin na ONU, tem evitado fazer críticas diretas, temendo possíveis impactos econômicos.
A nota do Itamaraty desta quarta ressalta que o governo brasileiro "defendeu no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas a realização de investigação completa e independente de quaisquer alegadas violações, a fim de que sejam apuradas responsabilidades".
O texto finaliza destacando a participação do país no Conselho de Segurança da organização. "O Brasil permanece plenamente engajado nas discussões com vistas à imediata cessação das hostilidades e à promoção de diálogo conducente a solução pacífica e duradoura", diz o comunicado.
Folhapress
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