O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmou, em reunião de cúpula com a União Europeia nesta sexta-feira (1º), que o país vai trabalhar pela paz na Ucrânia, mas "à sua própria maneira".
A China é aliada da Rússia e vem estreitando laços em questões como energia, comércio e segurança com Moscou. Além disso, se absteve em votações até aqui em discussões sobre sanções contra o Kremlin.
Li disse aos líderes da UE que a China sempre buscou a paz e promoveu negociações, segundo a emissora estatal chinesa, CCTV. Segundo a CCTV, o líder chinês Xi Jinping pediu aos líderes europeus que o bloco trate a China "de forma independente" -ou seja, que não adote a mesma postura de confronto dos Estados Unidos.
Do outro lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que "qualquer tentativa de contornar as sanções ou fornecer ajuda à Rússia prolongaria a guerra". "Pedimos à China que ajude a acabar com a guerra na Ucrânia. A China não pode fechar os olhos para a violação da lei internacional pela Rússia", disse.
Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou que este "é um momento decisivo, porque nada será como era antes da guerra". "Agora é uma questão de ter uma postura muito clara para apoiar e defender a ordem baseada em regras".