O oligarca bilionário Roman Abramovich e dois negociadores ucranianos apresentaram sintomas de envenenamento após uma reunião em Kiev, na capital da Ucrânia, no início de março, relatou o jornal The Wall Street Journal. O primeiro encontro entre representantes da Ucrânia e Rússia ocorreu em 28 de fevereiro, mas um cessar-fogo ainda é negociado.
O jornal diz que Abramovich viajou para Moscou, Lviv e outros locais de negociação. No sábado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que o dono do Chelsea "participou das negociações no estágio inicial".
Entre os sintomas relatados, estão olhos vermelhos, lacrimejamento constante e doloroso, descamação da pele do rosto e das mãos. As informações são de pessoas familiarizadas com o incidente, diz o Wall Street Journal.
Especialistas que investigaram o caso sugerem ser difícil determinar se os sintomas foram causados por agentes químicos, biológicos ou algum tipo de radiação eletromagnética. Os Estados Unidos dizem que o risco de um ataque russo com armas químicas é "real".
Desde a suposta tentativa de envenenamento, Abramovich e os negociadores ucranianos melhoraram e não correm risco de vida. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que se encontrou com Abramovich, não foi afetado, afirmou o The Wall Street Journal.
O suposto ataque pode ter relação com representantes da linha-dura de Moscou que querem sabotar as negociações.
Abramovich está na lista dos bilionários que sofreram sanções econômicas. É uma tentativa do Ocidente de isolar o presidente Vladimir Putin.
Na semana passada, dois superiates ligados ao bilionário russo Roman Abramovich atracaram na Turquia, fora do alcance das sanções do Reino Unido e da União Europeia. Um avião particular de Abramovich está na lista dos Estados Unidos de aeronaves proibidas de voar a partir Rússia ou para a Rússia.