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Guerra na Ucrânia

- Publicada em 28 de Março de 2022 às 12:31

Putin busca controlar o norte e o sul e dividir a Ucrânia, diz general ucraniano

Mais de 1.100 civis, incluindo crianças, foram mortos desde o início da guerra, em 24 de fevereiro

Mais de 1.100 civis, incluindo crianças, foram mortos desde o início da guerra, em 24 de fevereiro


FADEL SENNA/AFP/JC
Agência Estado
O presidente russo, Vladimir Putin, está tentando dividir a Ucrânia em duas, emulando a divisão pós-guerra entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, disse o chefe da inteligência militar ucraniana, general Kyrylo Budanov, em um comunicado distribuído no domingo (27) à imprensa. Em comentários que levantam a perspectiva de um longo e amargo conflito, Budanov, que previu a invasão da Rússia já em novembro de 2021, alertou para uma sangrenta guerra de guerrilhas.
O presidente russo, Vladimir Putin, está tentando dividir a Ucrânia em duas, emulando a divisão pós-guerra entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, disse o chefe da inteligência militar ucraniana, general Kyrylo Budanov, em um comunicado distribuído no domingo (27) à imprensa. Em comentários que levantam a perspectiva de um longo e amargo conflito, Budanov, que previu a invasão da Rússia já em novembro de 2021, alertou para uma sangrenta guerra de guerrilhas.
"Embora Putin não tenha tropas para tomar todo o país, ele pode tentar dividi-lo consolidando território em partes da Ucrânia. Em outras palavras, ele tentará impor uma linha de distribuição entre as regiões não ocupadas e ocupadas do nosso país", disse Budanov. Autoridades ocidentais disseram estar determinadas a impedir que Putin consiga dividir a Ucrânia.
Segundo o chefe de inteligência, Putin teria repensado seu plano de ocupação total depois que não conseguiu tomar rapidamente Kiev e derrubar o governo do presidente Volodmir Zelensky.
Recentemente, o líder da autoproclamada República Popular de Luhansk, no leste da Ucrânia, Leonid Pasechnik, disse acreditar "que em um futuro próximo um referendo será realizado no território da república, durante o qual o povo dará sua opinião sobre a adesão à Federação Russa".
Autoridades ucranianas disseram no domingo que estão cada vez mais confiantes em sua capacidade de evitar ataques terrestres à capital. As forças ucranianas partiram para a ofensiva em áreas onde as linhas russas estão mais reduzidas. No entanto, as forças russas continuaram a bombardear vilas e cidades, ao redor da capital, incluindo Bucha e Irpin, onde trabalhavam para estabelecer posições fortificadas, segundo autoridades ucranianas e ocidentais. Elas também cercaram a cidade de Chernihiv, no norte, deixando milhares de civis presos.
Tendo sofrido pesadas perdas, uma grande formação de soldados russos voltou a se reagrupar no norte, especialmente em uma área ao redor da extinta usina nuclear de Chernobyl.
Ao longo da frente leste, que se estende por mais de 965 quilômetros de Chernihiv, no norte, até a cidade portuária de Mariupol, no sul, os combates continuam intensos. O Exército ucraniano - que impediu os russos de cercar Kharkiv - afirmou no domingo que seus soldados recuperaram duas aldeias nos arredores da cidade.
As forças russas já cercaram Chernihiv, a cerca de 160 quilômetros de Kiev, de acordo com o prefeito da cidade, Vladislav Atroshenko. Dezenas de milhares estão agora presos. Aqueles que permaneceram nas cidades arruinadas de Mariupol, Sumy e Chernihiv - que abrigavam coletivamente mais de 2 milhões de pessoas antes da guerra - agora estão confinados em abrigos antiaéreos e porões com suprimentos cada vez menores de comida e água.
As forças russas se concentraram no domingo em enfrentar as contraofensivas ucranianas e manter os ganhos no leste e no sul, onde a cidade de Kherson - uma fortaleza crítica na fronteira com a Crimeia - agora é duramente disputada. Em outras cidades, os russos continuaram uma campanha brutal destinada a forçar os civis a capitular ou fugir.
Mais de 1.100 civis - entre eles 99 crianças - foram mortos desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, afirmou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos em um relatório divulgado neste domingo. (Com agências internacionais).
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