O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, acusou nesta quinta-feira (24) a Rússia de tentar criar pretextos para usar armas químicas na Ucrânia ao afirmar que Kiev e aliados se preparam para mobilizar esse tipo de armamento.
Em coletiva de imprensa após cúpula extraordinária de líderes da Otan em Bruxelas, Stoltenberg chamou as alegações russas de "absolutamente falsas". Reforçou também que as potências ocidentais estão fornecendo equipamentos de defesa nuclear e químicas aos ucranianos.
O ex-primeiro-ministro norueguês reiterou compromisso em apoiar a Ucrânia, mas ressaltou a responsabilidade da organização de evitar que o conflito se converta em uma guerra direta contra Moscou. Segundo ele, os líderes concordaram em apoiar outros parceiros ameaçados pela Rússia, como Geórgia e Bósnia e Herzegovina.
Stoltenberg revelou que o grupo acertou ainda o fortalecimento de defesa no longo prazo. Pontuou ainda que a China deve se juntar ao restante do mundo e condenar o Kremlin.
A Organização da Otan informou em seu site que o mandato do secretário-geral da entidade, Jens Stoltenberg, foi estendido por mais um ano, até 30 de setembro de 2023. A breve nota diz que a decisão foi adotada pelo North Atlantic Council, principal órgão decisório da Otan, formado por representantes dos países membros da aliança. A Otan é formada por 28 nações da Europa, além de Estados Unidos e Canadá.
Ações conjuntas
A Casa Branca afirmou, em comunicado, que os líderes do G-7 e da União Europeia (UE) anunciaram uma iniciativa para compartilhar informações e coordenar ações conjuntas de sanções à Rússia. "Juntos, não permitiremos a evasão ou preenchimento de sanções. Como parte desse esforço, também envolveremos outros governos na adoção de sanções semelhantes às impostas pelo G-7 e outros parceiros", diz o texto. De acordo com a Casa Branca, o objetivo é continuar a enfraquecer a capacidade do Banco Central russo de implantar reservas internacionais, incluindo ouro.