Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell afirmou em comunicado nesta sexta-feira (11) que o bloco segue disposto a apoiar a Ucrânia e prejudicar "o financiamento da máquina de guerra do Kremlin". Segundo ele, a Rússia conduz uma "catástrofe humanitária" no vizinho e atrocidades que são crimes de guerra, o que o levou a propor a imposição de sanções contra mais cidadãos e companhias russas.
Borrell disse que quase 80 crianças e centenas de civis foram mortos na Ucrânia, com milhares de deslocados internos e mais de 2,5 milhões de refugiados. A autoridade afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, "está tentando destruir a Ucrânia", mas lembrou que as sanções impostas contra a Rússia "estão atingindo duramente seu regime".
Mais cedo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, delineou novas medidas contra a Rússia, em áreas como comércio, acesso a mercados, a presença em instituições financeiras internacionais, criptoativos, exportações de bens de luxo e medidas contra os setores de aço e energia.
Além disso, Borrell disse que está avançando com proposta para impor sanções contra mais indivíduos e companhias da Rússia com um papel ativo para apoiar o pessoal que "mina a soberania da Ucrânia pelo governo russo". Segundo ele, a intenção da UE é punir oligarcas, "elites afiliadas ao regime, suas famílias e importantes empresários" envolvidos em setores econômicos que dão "uma fonte substancial de receita ao regime".
"Eles são ativos no setor de aço, fornecem produtos militares e tecnologia ou fornecem serviços financeiros e de investimento", aponta Borrell. Ele qualifica as medidas da UE como mais um revés importante para o regime russo e diz que o bloco tem a intenção de impor punições a mais pessoas que têm um papel importante na desinformação e na propaganda, na "guerra de narrativas" que acompanha "esta guerra deplorável de Putin contra o povo ucraniano".