O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta sexta-feira (11) mais medidas contra a Rússia, a fim de punir o país por causa da invasão militar na Ucrânia. Segundo o líder americano, as decisões foram tomadas em coordenação com os demais líderes do G-7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido.
A Casa Branca também divulgou comunicado, no qual as decisões são detalhadas. Biden atuará com o Congresso americano para revogar benefícios da Rússia por ser parte da Organização Mundial de Comércio (OMC) e pretende garantir que as importações do país não recebam o status de nação mais favorecida na economia americana. O governo dos EUA nota que há apoio de líderes no Congresso para renovar esse benefício para os russos e diz que os demais membros do G-7 devem adotar medidas similares.
O G-7 ainda atuará para garantir que a Rússia não possa obter financiamento de instituições financeiras multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. "A Rússia não pode violar duramente a lei internacional e esperar o benefício de fazer parte da ordem econômica internacional", diz o comunicado da Casa Branca.
Biden anunciou que serão acrescentados mais nomes de oligarcas russos e seus familiares à lista de sanções, por seu apoio ao regime de Putin. Outra medida será o veto às exportações de bens de luxo para a Rússia, como veículos de luxo, vestuário caro e alguns tipos de álcool, além de joias e outros bens "frequentemente comprados por elites russas". O valor dos produtos foi estimado pela Casa Branca em quase US$ 550 milhões ao ano.
Além disso, os EUA vetarão as importações de vários setores importantes da economia russa, como frutos do mar, vodca e diamantes não industriais. Isso tirará da Rússia mais de US$ 1 bilhão em receita de exportações, diz a Casa Branca.
O Tesouro americano está atento para evitar qualquer tentativa da Rússia de contornar sanções, inclusive com o uso de moeda virtual, diz o governo. Será ainda criada uma regra para banir investimentos americanos na Rússia não apenas no já alvo de sanções setor de energia, mas em toda a economia do país.
Biden também voltou a enfatizar o apoio dos EUA à Ucrânia, com o envio de "auxílio à defesa" e ajuda humanitária. "Receberemos os refugiados aqui de braços abertos, caso eles precisem", disse ele.
Ao mesmo tempo, o presidente americano disse que os EUA não desejam travar uma guerra com a Rússia na Ucrânia, por desejar evitar uma "Terceira Guerra Mundial". Biden advertiu, porém, que se os russos usarem armas químicas pagarão um "preço severo".