O governo da Ucrânia e o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown estão fazendo pressão para que um tribunal criminal especial julgue o presidente russo, Vladimir Putin, e seus aliados pela invasão da Ucrânia. Brown diz que a proposta de uma corte para investigar o "crime de agressão" se baseia em tribunais que julgaram nazistas de alto escalão após a Segunda Guerra Mundial.
O Tribunal Internacional de Crimes de Guerra, na cidade holandesa de Haia, já está apurando acusações de que a Rússia cometeu crimes de guerra na Ucrânia. Mas embora a corte possa investigar genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, a Rússia não é signatária de um estatuto separado do tribunal pelo qual países se comprometem a não cometer "crimes de agressão".
Brown disse que o "ato de agressão da Rússia" não pode ficar impune e sem julgamento. "Putin não pode conseguir fugir da Justiça", enfatizou o ex-premiê.
Ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba elogiou a proposta de um tribunal especial, que também é apoiada por especialistas legais e acadêmicos de várias partes do mundo. "Estamos lutando contra um inimigo bem mais forte do que nós. Mas a lei internacional está do nosso lado", disse Kuleba a uma reunião em Londres, por meio de videoconferência a partir da Ucrânia.