Também por isso, o subúrbio Brooklyn Center foi colocado sob toque de recolher após a morte de Wright. Mesmo após os pedidos de demissão de Kim Potter, a agente que disparou no jovem - segundo ela porque confundiu a pistola com um taser, arma que provoca forte descarga elétrica paralisante, mas não é letal -, e o chefe da polícia, Tim Gannon, as manifestações continuam.
O anúncio das demissões foi feito pelo prefeito de Brooklyn Center, Mike Elliott, que disse esperar que as saídas "tragam alguma calma à comunidade". Pelo menos no imediato, a notícia das demissões, o toque de recolher obrigatório e o frio e a chuva que se fizeram sentir não acalmaram os ânimos nos protestos.
"Ela devia ter sido despedida. O seu pedido de demissão não devia ter acontecido antes disso", disse Amber Young, uma das manifestantes que integrou os protestos. Sobre o chefe da polícia que também apresentou a demissão, a ativista mostrou-se satisfeita: "Estou feliz que ele tenha ido embora. Não mostrava preocupação com a comunidade", afirmou.
De acordo com o jornal local Star Tribune, cerca de 800 a mil pessoas estiveram próximo ao departamento de polícia de Brooklyn Center na noite de terça-feira. O protesto começou de forma pacífica, mas a situação complicou-se horas depois. De acordo com a polícia local foram feitas mais de 60 detenções por "motins e outros comportamentos criminosos".
Os manifestantes consideram que as demissões anunciadas são um passo importante, mas exigem uma revisão completa de todo o departamento da polícia. Eles prometem não desistir até que isso ocorra. Isto porque, argumentam, o carro de Wright só foi parado pela polícia por questões raciais.