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Internacional

- Publicada em 10 de Janeiro de 2021 às 21:07

À frente na vacinação, Israel vai emitir 'passaportes verdes' a imunizados

Netanyahu espera vacinar 1,8 milhão de israelenses até o fim de janeiro

Netanyahu espera vacinar 1,8 milhão de israelenses até o fim de janeiro


Tal SHAHAR/POOL/AFP/JC
Israel anunciou que emitirá "passaportes verdes" para vacinados contra o coronavírus. O documento, com validade de seis meses, será concedido a quem tomar as duas doses da vacina e dará aos portadores vantagens como frequentar eventos esportivos e culturais, além de não precisar de quarentena ao retornar ao país do exterior.
Israel anunciou que emitirá "passaportes verdes" para vacinados contra o coronavírus. O documento, com validade de seis meses, será concedido a quem tomar as duas doses da vacina e dará aos portadores vantagens como frequentar eventos esportivos e culturais, além de não precisar de quarentena ao retornar ao país do exterior.
Documentos com validade de 72 horas também serão concedidos a quem tiver teste de detecção negativo para o vírus. Pelo ritmo da vacinação em massa no país, a maior do mundo neste momento, a demanda será grande.
Cerca de 17% da população do país de 9,3 milhões de habitantes já tomaram a primeira dose do imunizante da Pfizer/BioNTech desde o dia 20 de dezembro. O percentual é bem mais que outros países, como Reino Unido (1,5%) e Estados Unidos (menos de 1%).
"Estamos quebrando todos os recordes", festejou o premiê Benjamin Netanyahu, que espera vacinar 1,8 milhão de israelenses até o fim de janeiro e 6 milhões até as próximas eleições, em 23 de março. O premiê concorre no quarto pleito em dois anos, e a vacinação virou sua principal bandeira.
A agilidade da vacinação em Israel tem como base o tamanho diminuto do país (menor que o estado de Sergipe) e a existência de quatro sistemas universais de saúde paralelos, que atendem gratuitamente toda a população e estão acostumados a realizar tratamentos em massa em caso de conflitos ou desastres naturais.
O Exército também ajuda na complicada logística do transporte das vacinas, que precisam ficar armazenadas a -70 graus. Apesar do otimismo e da eficiência, três problemas ameaçam a imunização em Israel.
O primeiro é que faltam vacinas. O ritmo de 150 mil inoculados por dia levou ao fim do primeiro lote na primeira semana de janeiro. Por pressão de Netanyahu, a Pfizer aceitou enviar mais 1 milhão de doses neste domingo. Em troca, pediu às autoridades israelenses que forneçam estatísticas que ajudem a entender melhor a eficácia de sua vacina. Israel seria, então, um "modelo" a ser estudado.
O segundo problema é a variante britânica do vírus, que levou à multiplicação dos casos de Covid-19. Os hospitais registram sobrecarga, há mais de 8.000 novos infectados por dia.
Outro problema é a população super-religiosa, os ultraortodoxos, que são 12% dos cidadãos. Eles demonstram hesitação em suspender aglomerações, aulas em escolas e seminários rabínicos. Algo semelhante acontece com a minoria árabe-israelense (20% da população).
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