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Estados Unidos

- Publicada em 02 de Novembro de 2020 às 21:51

Trump x Biden: EUA decide novo presidente nesta terça-feira

Republicano busca a reeleição, enquanto democrata quer o primeiro mandato

Republicano busca a reeleição, enquanto democrata quer o primeiro mandato


Brendan Smialowski and JIM WATSON/AFP/JC
Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (3) votar para escolher quem será o novo presidente da maior economia do mundo. O republicano e atual presidente Donald Trump busca a reeleição, enquanto o democrata e ex-vice de Barack Obama, Joe Biden, busca chegar à Casa Branca pela primeira vez.
Os norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (3) votar para escolher quem será o novo presidente da maior economia do mundo. O republicano e atual presidente Donald Trump busca a reeleição, enquanto o democrata e ex-vice de Barack Obama, Joe Biden, busca chegar à Casa Branca pela primeira vez.
Os EUA têm 230 milhões de eleitores aptos. Ao menos 100,3 milhões votaram pelos correios nas eleições, conforme levantamento do US Elections Project. Os números são recorde na história dos Estados Unidos, país em que o voto não é obrigatório.
O sistema eleitoral nos Estados Unidos é complexo. O presidente não é eleito pelo voto direto dos eleitores, e sim por um colégio eleitoral. Um total de 538 delegados indicados pelos estados votam no candidato. Na maioria dos estados, todos os delegados votam naquele que foi o mais votado pela população. Apenas em Nebraska e Maine, o delegado por votar no candidato mais votado em seu distrito, mesmo que tenha perdido no total do estado. Vence aquele que obtiver a maioria simples, 270 delegados.
Pesquisa do Wall Street Journal/NBC News divulgada no domingo aponta que Biden mantém a liderança, com 52% das intenções de voto, frente aos 42% de Trump.

País vive tensão extrema, e receio de violência pós-pleito preocupa

O clima no País indica uma pacificação não virá tão cedo, independentemente de quem sair vencedor das urnas. As eleições deste ano geraram um clima de tensão como há muitos anos não se via nos Estados Unidos. A influência das redes sociais, teorias da conspiração, críticas ao modelo eleitoral, violência policial, empoderamento do movimento negro e a pandemia do novo coronavírus são ingredientes de um caldeirão fervente.
A rede de lojas Walmart retirou armas e munições de suas estantes. Na região central de Washington, as janelas de cafés e restaurantes estão cobertas por tapumes.
A Universidade George Washington, também na capital, pediu a seus alunos que estoquem comida suficiente para uma semana. Patrulhas policiais devem ser incrementadas.
O receio, verbalizado há semanas por especialistas em segurança, é de que o pleito descambe para algum tipo de violência. Há diversas possibilidades. Grupos radicais apoiadores de Trump podem comparecer armados às urnas para intimidar eleitores. Preocupa também que milícias se recusem a aceitar uma eventual derrota do republicano marchem nas ruas do país.
Esses cenários racham a imagem que os Estados Unidos têm de si. Analistas estudaram, no passado, a insegurança de países distantes. O país exigiu auditorias externas e presença de observadores, como os da Organização dos Estados Americanos (OEA), em diversas eleições em outras nações. As dúvidas sobre a segurança do peito, agora, estão dentro da maior potência mundial.
Devin Burghart, diretor-executivo do Instituto para Pesquisa e Educação em Direitos Humanos, diz que nunca viu tamanho risco desde que começou a acompanhar esse tema, há 25 anos. Ele monitora grupos radicais de direita. Com base em sua pesquisa, Burghart afirma que os estados mais ameaçados são Geórgia e Nevada. Em segundo lugar aparecem Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Arizona e Virgínia.
Alguns desses são justamente os lugares em que a eleição pode ser decidida, o que agrava a situação. Quanto mais apertado for o resultado, maior é a chance de grupos radicais se incomodarem com ele.
"A maior diferença em relação aos anos anteriores é a escala e a diversidade dos grupos envolvidos", Burghart afirma. Ele cita, por exemplo, os extremistas Proud Boys (garotos orgulhosos), que Trump se recusou a condenar publicamente durante um debate eleitoral. Os paramilitares Oath Keepers (guardiões do juramento) também preocupam analistas de segurança.
Algumas dessas facções radicais afirmam acreditar que uma nova guerra civil, como aquela travada durante o século 19, é possível. Essas ideias podem parecer, a princípio, alarmistas. Mas há razão para tal alarme. As autoridades recentemente desvelaram planos para sequestrar Gretchen Whitmer, governadora de Michigan, e Ralph Northam, governador da Virgínia. Ambos são democratas.
Grupos armados falam abertamente em ir às urnas para fazer o que eles chamam de "monitoramento" e que especialistas dizem ser uma clara tentativa de intimidação. O porte de armas nas urnas é permitido em diversas partes do país, como Michigan.
Desde o começo da pandemia da Covid-19, o país tem inclusive se armado mais e mais. Segundo o jornal Washington Post, americanos já compraram 18 milhões de armas em 2020. No estado de Michigan, as vendas triplicaram em comparação com 2019.
Essas preocupações são inéditas no país, que se acostumou a ver as eleições como um momento de celebrar sua democracia. A situação é particularmente grave neste ano, diz Burghart, devido ao comportamento de Trump. "Ele não apenas se recusou a condenar os movimentos radicais e racistas que o apoiam, mas pediu que seus eleitores fossem às urnas monitorar o voto."
O republicano também colocou em dúvida a própria credibilidade do processo eleitoral. Em setembro, por exemplo, afirmou durante um comício que os democratas só venceriam roubando. Isso motiva grupos radicais a esperar fraudes e, no caso de derrota.
O democrata Joe Biden chegou a sugerir que os republicanos fossem trapacear, mas rapidamente foi a público para insistir na confiabilidade do processo eleitoral, algo que Trump não quis fazer de jeito nenhum.

Em comício na véspera da eleição, Trump reafirma convicção em vitória

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou na tarde desta segunda-feira sua convicção de vitória. Em comício na cidade de Fayetteville, no estado da Carolina do Norte, o candidato chamou pesquisas - que apontam vantagem de Joe Biden, candidato pelo Partido Democrata - de "fake news". "Estamos indo muito bem, ao contrário do que dizem as pesquisas. ABC News e Washington Post são, basicamente, instituições de lobby", declarou, a militantes inflamados.
A Carolina do Norte é considerada um "Estado-pêndulo", ou seja, não tem preferência eleitoral clara por democratas ou republicanos. Vencer nessas localidades é considerado uma etapa fundamental para ser conduzido à Casa Branca. Justamente por isso, Trump e Biden têm dedicado suas agendas a tais Estados.

Biden diz que vitória sobre a pandemia da Covid-19 passa por derrota de Trump

O candidato Democrata à presidência, Joe Biden, disse que enfrentará a pandemia do novo coronavírus, mas que primeiro precisa derrotar outro "vírus": o atual presidente, Donald Trump. Falando para dezenas de carros estacionados em um um parque na Filadélfia, no domingo, Biden disse à multidão que "a verdade é que, para vencer o vírus, nós primeiro temos que derrotar Donald a Trump - ele é o vírus!"
Biden encerrou o dia de campanha na Filadélfia com uma crítica a como Trump lidou com a pandemia do novo coronavírus. Ele disse que Trump era "uma vergonha"
Por sugerir que os médicos inflam a quantidade de casos de Covid-19 por dinheiro. "Quando a América for ouvida, acredito que a mensagem será clara: é hora de Trump fazer as malas e ir para casa", afirmou.