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Internacional

- Publicada em 17 de Setembro de 2020 às 22:22

Contágios por Covid-19 na Europa atingem níveis mais altos que no início da pandemia

França vive uma das situações mais delicadas

França vive uma das situações mais delicadas


PHILIPPE LOPEZ/AFP/JC
O nível de transmissão da Covid-19 na Europa está mais alto do que na primeira onda da pandemia, entre março e abril, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é particularmente grave na França, que apresentou, na quarta-feira (16), o recorde de 10,5 mil novos casos em 24 horas, e na Espanha, que registrou 11,2 mil em um único dia.
O nível de transmissão da Covid-19 na Europa está mais alto do que na primeira onda da pandemia, entre março e abril, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A situação é particularmente grave na França, que apresentou, na quarta-feira (16), o recorde de 10,5 mil novos casos em 24 horas, e na Espanha, que registrou 11,2 mil em um único dia.
Olivier Véran, ministro da Saúde da França, incluiu as cidades de Lyon e Nice na lista de "zonas vermelhas". O país agora tem 28 departamentos em estado crítico, entre eles Paris, Marselha, Bordeaux e Guadalupe, ilha francesa no Caribe. "Peço que, especialmente nas regiões mencionadas, os esforços sejam redobrados e para reduzir o número de encontros entre as pessoas", afirmou.
Segundo o protocolo do governo francês, uma área entra na lista se tiver mais de 50 novos casos por 100 mil habitantes em uma semana. Quando o limite é ultrapassado, as autoridades locais ganham poder para aumentar as ações de isolamento, como fechamento de praias, restrições a visitas em asilos e redução de aglomerações em locais públicos.
Na quarta-feira, o ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer, anunciou que 1,2 mil estudantes testaram positivo na última semana e 81 escolas foram fechadas. Blanquer, no entanto, disse que os números ainda representam uma pequena fração das 60 mil escolas francesas.
Na Espanha, a maior preocupação é com Madri. A capital responde por quase um terço dos 122 mil novos casos registrados nas últimas duas semanas. Na quarta-feira, o Ministério da Saúde alertou que a capacidade de alguns hospitais madrilenhos está perto do limite. A velocidade dos contágios também começou a afetar a capacidade de testagem. Na Espanha, 13% dos testes têm resultado positivo. Em Madri, o índice de positividade chega a 22%.
Ao todo, 117 escolas e institutos foram fechados desde que as aulas presenciais foram retomadas na Espanha e um total de 212 colégios já adotou algum tipo de medida restritiva. Nesta semana, a princesa Leonor - herdeira do trono espanhol - e sua irmã Sofia foram colocadas em quarentena por 14 dias após o registro de um caso na escola Santa María de los Rosales, em Madri.
Na Áustria, que vem apresentando números tão altos quanto no primeiro semestre, o premiê, Sebastian Kurz, admitiu que a intensidade dos novos contágios já se configura uma segunda onda. Imediatamente, ele retomou velhas medidas restritivas. "A partir de agora, eventos em locais fechados não poderão ter mais de 10 pessoas. Estamos diante de um crescimento exponencial de novos casos na Áustria", afirmou o premiê.
"Os números de setembro deveriam servir de alerta para todos nós na Europa, onde o número de casos é superior aos registrados em março e abril", disse o diretor da OMS no continente, Hans Kluge, que pediu atenção com a chegada do outono e com o início do ano escolar.
O governo grego também adotou restrições, fechando bares de música ao vivo por 14 dias e tornando obrigatório o uso de máscaras em locais fechados - públicos e privados. Feiras e mercados abertos só poderão operar com 50% da capacidade. Além disso, diante do aumento dos contágios, Atenas e sua região metropolitana foram colocadas em alerta.
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