O Instituto Robert Koch, autoridade de saúde da Alemanha, registrou entre quarta (5) e quinta-feira (6) mais 1.045 infectados pelo novo coronavírus. Essa é a
primeira vez desde o dia 7 de maio, período que começou o relaxamento da quarentena, que o governo alemão contabiliza mais de mil casos em um único dia. Para conter o avanço do vírus e tentar evitar uma segunda onda de contágios, o ministro da Saúde, Jens Spahn, informou que o país vai obrigar pessoas que chegarem de áreas consideradas de "alto risco" a passar por testagem, a partir de sábado (8).
"Estou ciente de que isso restringe liberdades individuais, mas acredito que essa é uma restrição razoável", disse Spahn em pronunciamento. Em Berlim, manifestantes ligados à extrema-direita organizaram protesto contra o uso obrigatório de máscaras no sábado passado (1º). As forças policiais estimaram que cerca de 17 mil pessoas participaram da passeata. No total, a Alemanha soma até agora 213.067 infectados e 9.175 mortos pela Covid-19.
Na Espanha, o governo da comunidade de Castela e Leão ordenou a volta da quarentena na cidade de Aranda de Duero, após 230 casos serem confirmados no município, onde vivem cerca de 32 mil pessoas. A comunidade soma 20.922 infecções, segundo o Ministério da Saúde espanhol, e
está atrás apenas da Catalunha e de Madri, maiores regiões da Espanha e que contabilizam, respectivamente, 84.952 e 79.262 casos de Covid-19.
Nesta quinta-feira, o governo federal espanhol adicionou mais 4.088 contaminações que não tinham sido identificadas, além de 1.683 novos casos reportados. A Espanha chegou a 309.855 infectados, com 35.407 contágios só nos últimos 14 dias.
Na Ásia, o Japão confirmou mais 1.484 casos de Covid-19. A prefeitura de Osaka registrou recorde de casos diários na cidade, com mais 225 contaminações, enquanto na capital, Tóquio, os registros passaram de 263 na quarta-feira para 360 nesta quinta-feira.