Em uma cerimônia no Ministério de Minas e Energia, Bolsonaro disse que está em contato com a comunidade libanesa para que ela indique as necessidades no país.
"O Brasil vai fazer mais que um gesto, algo concreto para atender em parte aquelas pessoas que estão numa situação complicada", disse o presidente em seu discurso, em que também manifestou sentimento à população libanesa.
Ao deixar o evento de que participou no prédio do ministério, Bolsonaro disse que, além da embaixada do Líbano no Brasil, está conversando com a comunidade libanesa em São Paulo. "Eles têm como melhor dizer o que precisam e o que podemos atender", disse o presidente.
Bolsonaro citou como exemplo a possibilidade de disponibilizar um KC-390, o maior cargueiro da Força Aérea Brasileira, que pode transportar até 26 toneladas a uma velocidade máxima de 470 nós (870 km/h). A aeronave também é capaz de transportar tropas (80 soldados ou 66 paraquedistas), paletes, veículos blindados e helicópteros.
Sobre a
situação de brasileiros, o presidente reiterou a informação que o Itamaraty havia dado no dia anterior, de que não há feridos com gravidade.
"Por uma coincidência, ontem (terça), a nossa fragata havia se deslocado para aproximadamente 10 km mar a dentro e aproximadamente 10 horas depois aconteceu este episódio", disse Bolsonaro.
A fragata brasileira Independência deixou o porto de Beirute por volta das 9h desta terça (4), 3h em Brasília, para mais um dia de patrulha regular nas águas ao redor da cidade. Às 18h30min (12h30min em Brasília), a tripulação testemunhou a gigantesca explosão na capital libanesa de um ponto a cerca de 15 km do porto.
O navio é a nau capitânia da Força-Tarefa Marítima da Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano), estabelecida em 2011 com comando brasileiro.
A frota tem outros cinco navios, da Alemanha, da Grécia, da Indonésia, da Turquia e de Bangladesh -esse último, a corveta BNS Bijoy, estava no porto na hora da explosão, e a Unifil afirma que há vários feridos graves sendo atendidos.