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Publicada em 21 de Abril de 2025 às 18:01

Arcebispo de Porto Alegre viaja a Roma para funeral de Papa Francisco nesta terça-feira

Dom Jaime é um dos oito brasileiros que participarão do conclave para eleger o próximo pontífice

Dom Jaime é um dos oito brasileiros que participarão do conclave para eleger o próximo pontífice

DANI BARCELLOS/JC
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Nícolas Pasinato
Nícolas Pasinato
Em coletiva de imprensa na sede da Cúria Metropolitana, no Centro Histórico de Porto Alegre, Dom Jaime Cardeal Spengler expressou o legado deixado pelo papa Francisco para a humanidade e para os católicos durante os seus mais de 12 anos como líder máximo da igreja Católica. Dom Jaime é um dos oito brasileiros que participarão do conclave para eleger o próximo pontífice, estando apto, inclusive, a se tornar o próximo papa. 
Em coletiva de imprensa na sede da Cúria Metropolitana, no Centro Histórico de Porto Alegre, Dom Jaime Cardeal Spengler expressou o legado deixado pelo papa Francisco para a humanidade e para os católicos durante os seus mais de 12 anos como líder máximo da igreja Católica. Dom Jaime é um dos oito brasileiros que participarão do conclave para eleger o próximo pontífice, estando apto, inclusive, a se tornar o próximo papa
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O religioso confirmou que deve viajar nesta terça-feira (22) para Roma para participar dos ritos fúnebres e, posteriormente, do processo do conclave. Também anunciou a realização de uma celebração eucarística na Catedral Metropolitana de Porto Alegre em homenagem ao Papa Francisco nesta segunda-feira, às 18h, que contou com a participação do governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB).

“Recebemos essa notícia com consternação. Mas, se a certeza da morte nos entristece, a da ressurreição nos oferece um horizonte. É com esta perspectiva que interpretamos este momento. Certamente, o legado deste homem, não só para a vida interna da igreja, mas também para o contexto geopolítico internacional, é enorme”, declarou.

Para Dom Jaime, o sentimento é também de saudade para as pessoas próximas a Francisco. “Saudade pelo seu jeito simples, pelo modo como cada vez ele nos acolhia, atento, desejoso de escutar e, ao mesmo tempo, pronto para uma palavra assertiva diante das pautas que tivemos com ele”, pontuou.

Sobre a escolha do próximo papa, o desafio, segundo ele, é encontrar um nome de consenso “à altura das exigências do tempo presente", o que deve exigir, em suas palavras, "sensibilidade, perspicácia e discernimento” daqueles que participarão dessa escolha.

Em relação à possibilidade de ser o escolhido como próximo papa, Dom Jaime se reservou a dizer que é preciso “alimentar em nós a disposição de estar prontos, abertos para aquilo que nos for solicitado”.

Ele, que também é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), explicou o processo que deve ocorrer a partir de agora. O período entre o falecimento de um pontífice e a escolha do sucessor, por exemplo, é chamado de Sé Vacante. Após declarada a Sé Vacante, o governo da Igreja Católica fica nas mãos do Colégio Cardinalício e o conclave é iniciado em um prazo entre 15 e 20 dias. As votações são conduzidas por nove cardeais sorteados e divididos em três grupos, sendo que são necessários dois terços dos votos para definir o novo pontífice.

Perfil

Nascido em Gaspar (SC) e hoje com 64 anos, Dom Jaime é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo da Arquidiocese de Porto Alegre. Cursou Filosofia e Teologia, com doutorado em Filosofia. Atuou na Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do País até 2010, quando foi nomeado pelo papa Bento XVI como bispo auxiliar.

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