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Publicada em 17 de Abril de 2025 às 12:42

Granpal apresenta propostas ao governo do Estado para resolver crise na saúde

Prefeitos da Região Metropolitana foram recebidos pelo governador Eduardo Leite no Palácio Piratini

Prefeitos da Região Metropolitana foram recebidos pelo governador Eduardo Leite no Palácio Piratini

Almir Freitas/Granpal/Divulgação/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Para solucionar a situação da saúde pública na Região Metropolitana, especialmente em ações de média e alta complexidade, com ênfase na Atenção Hospitalar e Portas de Urgência e Emergência, os prefeitos vinculados à Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), apresentaram sugestões, ao governador Eduardo Leite, para resolver a crise na área saúde. O documento foi entregue ao chefe do Executivo gaúcho durante audiência nesta quinta-feira (17), no Palácio Piratini.
Para solucionar a situação da saúde pública na Região Metropolitana, especialmente em ações de média e alta complexidade, com ênfase na Atenção Hospitalar e Portas de Urgência e Emergência, os prefeitos vinculados à Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), apresentaram sugestões, ao governador Eduardo Leite, para resolver a crise na área saúde. O documento foi entregue ao chefe do Executivo gaúcho durante audiência nesta quinta-feira (17), no Palácio Piratini.
No documento, os municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre afirmam que têm enfrentado dificuldades no atendimento à população, com unidades de saúde sobrecarregadas, escassez de profissionais e infraestrutura comprometida. Hospitais de referência, como o de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre, de Clínicas, Universitário de Canoas, Dom João Becker em Gravataí, de Esteio, de São Leopoldo, de Novo Hamburgo, de Viamão, de Alvorada, de Cachoeirinha e o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) operam acima da capacidade, dificultando o acesso da população aos serviços essenciais de saúde.
Aos prefeitos, o governador Eduardo Leite anunciou que assina ainda nesta quinta-feira o decreto estadual com atualização dos valores do programa Assistir e da tabela dos hospitais. Serão R$ 39 milhões a mais em 2025. "Reconhecemos as dificuldades da saúde e superamos entraves históricos", explica. A situação do setor de saúde exposta no documento da Granpal foi apresentada pelo secretário municipal de Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter. Leite fez um balanço sobre o Programa Assistir e a complementação feita ao repasse de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Leite destacou ainda os valores repassados aos hospitais do Estado e a mecânica dos atendimentos na rede de hospitais. "Desde 2019, quando assumimos estamos buscando regularizar os repasses dos recursos e acabar com os atrasos", comentou o governador. Leite disse que nos últimos anos o governo tem feito o maior volume de investimento através do programa Avançar na saúde. 
O presidente da Granpal, Marcelo Maranata (prefeito de Guaíba), disse que foi apresentado ao governador a dificuldade da Região Metropolitana com a superlotação dos hospitais. "Os prefeitos investem 22% em média na saúde, enquanto o Estado não cumpre o limite constitucional", destacou. Os prefeitos querem uma atualização e uma tabela SUS específica para o Rio Grande do Sul. "A preocupação dos gestores municipais é com a superlotação dos hospitais. A gente não vê o financiamento da União e nem do governo estadual. A gente precisa dar as mãos para resolver o problema", acrescentou. 
Segundo Maranata, na área da saúde, que já apresentava um cenário crítico e sobrecarregado, é observado um colapso nos atendimentos de urgência e emergência, tanto em Porto Alegre quanto nos municípios da Região Metropolitana. Conforme o presidente da Granpal, a fila por consultas especializadas, procedimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas aumenta significativamente, agravando o quadro de demora no acesso e comprometendo a resolutividade assistencial.      
O documento aponta as seguintes necessidades
1 - Luta pelo pleito de recomposição do Teto Médio e Alta Complexidade (MAC) dos municípios junto ao governo Federal.
2 - Incentivo Estadual para Hospitais Próprios Municipais, aos moldes do incentivo dos hospitais próprios estaduais.
3 - Distribuição Per Capita: implantar um modelo de repasse estadual proporcional à população de cada município, assegurando que os recursos sejam distribuídos com transparência e justiça, sem distorções políticas ou regionais.
4 - Tabela SUS ou PMAE RS: destinar o valor não aplicado pelo Estado no mínimo constitucional da saúde para criar uma tabela complementar do SUS, como já acontece em Santa Catarina e São Paulo. Essa medida aliviaria o subfinanciamento dos serviços de saúde e garantiria maior sustentabilidade aos hospitais, pagaria por procedimento de acordo com os contratos já vigentes.
5 - Operação Inverno RS: ampliar temporariamente a capacidade de acolhimento nas unidades de saúde, reforçar as equipes assistenciais nas portas de emergência, garantir fluxos diferenciados e mais rápidos para casos respiratórios e situações de vulnerabilidade, ampliar o número de leitos adultos e pediátricos (clínicos e UTI).
6 - Compensação com perdas de arrecadação.
7 - Câmara de Compensação: criar um mecanismo de ressarcimento para municípios que atendem pacientes que venham fora de referências, garantindo que os recursos acompanhem a demanda real dos serviços de saúde.
Fonte: Granpal    

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